Taxa de desemprego no Brasil sobe para 7% no 1º tri de 2025, mas é a menor para o período

A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados nesta quarta-feira, 30, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Por outro lado, Goiás é o terceiro estado do país que mais gera empregos. No mês de janeiro, o estado criou 14.195 novos postos de trabalho, resultado de 94.858 admissões e 80.663 desligamentos, alcançando um total de 1.589.288 empregos com carteira assinada. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e validados pelo Instituto Mauro Borges (IMB).

Com um crescimento de 0,90% no número de contratações formais, Goiás registrou o terceiro melhor desempenho do país. O estado também superou a média nacional, que foi de 0,29% no período. O setor de serviços foi o grande responsável pelo saldo positivo, com a abertura de 6.882 vagas. A agropecuária (3.113), a construção civil (2.570) e a indústria (1.868) também contribuíram para a expansão do mercado de trabalho. Em contrapartida, o setor de comércio apresentou uma ligeira queda, com o fechamento de 238 postos de trabalho.

Apesar do avanço de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,2%), essa ainda é a menor taxa de desocupação para um 1º trimestre desde 2012, quando começou a série histórica. Na comparação anual, houve queda de 0,9 ponto percentual — em 2024, o índice era de 7,9%.

Atualmente, 7,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país, o que representa um aumento de 13,1% (ou mais 891 mil pessoas) em relação ao último trimestre de 2024. No entanto, em comparação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 10,5% (menos 909 mil pessoas).

A população ocupada totalizou 102,5 milhões de pessoas, com queda de 1,3% no trimestre, mas aumento de 2,3% em relação ao ano anterior. O nível de ocupação ficou em 57,8%, indicando que mais da metade da população com 14 anos ou mais está empregada.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, a elevação da taxa de desocupação reflete um comportamento sazonal, típico dos primeiros meses do ano, devido ao fim de contratos temporários após o Natal.

Apesar da retração na ocupação, o mercado segue aquecido. “O número de trabalhadores com carteira assinada, por exemplo, não foi afetado”, afirma Beringuy.

Principais números da PNAD Contínua – 1º trimestre de 2025:

  • Taxa de desemprego no Brasil: 7%
  • Desocupados: 7,7 milhões
  • Ocupados: 102,5 milhões
  • Fora da força de trabalho: 67 milhões
  • Desalentados: 3,2 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 39,4 milhões
  • Sem carteira assinada: 13,4 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,9 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,7 milhões
  • Trabalhadores informais: 38,9 milhões
  • Taxa de informalidade: 38%

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores brasileiros chegou a R$ 3.410 no trimestre encerrado em março — o maior valor da série histórica. O aumento foi de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 4% na comparação anual.

A massa de rendimentos — soma de todos os rendimentos do trabalho — atingiu R$ 345 bilhões, estável no trimestre e com alta de 6,6% (R$ 21,2 bilhões) em 12 meses. O total de empregados com e sem carteira no setor privado chegou a 53,1 milhões, crescimento de 3% em relação ao ano anterior.

  • Com carteira assinada: 39,4 milhões (alta de 3,9% no ano e estabilidade no trimestre)
  • Sem carteira assinada: 13,5 milhões (queda de 5,3% no trimestre e estabilidade anual)

A taxa de informalidade se manteve em 38% da população ocupada — o que representa cerca de 38,9 milhões de pessoas. O setor público empregava 12,5 milhões de pessoas, com queda trimestral de 2,3% e crescimento anual de 3,7%. Trabalhadores por conta própria são 25,9 milhões, com estabilidade no trimestre e alta de 2% no ano.

O número de brasileiros fora da força de trabalho foi de 67 milhões, com aumento de 1,2% no trimestre. O grupo inclui aposentados, estudantes, donas de casa e os desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego.

  • População desalentada: 3,2 milhões (alta de 6,6% no trimestre e queda de 10,2% no ano)
  • População subutilizada: 18,5 milhões
  • Taxa de subutilização: 15,9% (alta trimestral de 0,6 p.p. e queda anual de 2 p.p.)

Beneficiários de programas como o Bolsa Família podem fazer parte de qualquer grupo da PNAD, inclusive dos ocupados, se exercerem atividade remunerada, mesmo que informal.

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