As histórias do Edifício Cidade de Goiás

Em 1936, as meninas de Vila Boa, Célia Coutinho Seixo de Brito e Maria das Graças Fleury Pires de Campos, visitaram o lugar onde estava sendo construída a nova capital de Goiás. As duas andando por aquelas terras encontraram um tronco de árvore e decidiram fazer uma pose para a foto. O registro mostra não somente a beleza daquelas meninas, mas os últimos vestígios de cerrado naquela região que, em pouco tempo, seria tomado pela construção de Goiânia. No mesmo lugar onde Célia e Maria das Graças posaram para a foto seria uma das esquinas mais movimentadas de Goiânia: o encontro das avenidas Araguaia e Anhanguera.

Aquele tronco marcou não apenas essa foto histórica, mas o local onde seria construído o Edifício Cidade de Goiás, de propriedade de Hélio Seixo de Brito, marido de Célia Coutinho. A fachada do prédio ficou famosa nas fotos que rodaram o Brasil inteiro divulgando a nova capital de Goiás. A revista carioca Vida Doméstica publicou em sua página o Cidade de Goiás quando a esquina da Araguaia com a Anhanguera ainda era tranquila. Na década de 1940, o edifício chamava a atenção principalmente pela sua arquitetura. Ali, Dr. Hélio atendia seus pacientes e fez reuniões com os partidário da UDN. Dona Celia também se reunia com outras mulheres para fundaram o Clube Social Feminino.

Foto: Divulgação

Em 1953, o jornalista Haroldo Gurgel foi assassinado por causa das críticas que fazia ao governo estadual por conta das constantes quedas de energia em Goiânia. Hélio de Brito abriu as portas do pátio interno do edifício para receber as flores enviadas pelas floriculturas em homenagem ao jornalista assassinado. Hoje, o Edifício Cidade de Goiás resiste ao abandono do centro da cidade.

Entre a Goiânia de 1936 e a Goiânia de 2025, está o histórico Edifício Cidade de Goiás. Uma lembrança da velha capital para a Goiânia que acabava de surgir.

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