O investidor Warren Buffett, de 94 anos, anunciou neste sábado, 3, que deixará o cargo de CEO da Berkshire Hathaway até o fim de 2025. A sucessão ficará a cargo de Greg Abel, já apontado por Buffett como seu herdeiro natural na liderança da holding.
Durante a conferência anual de investidores, realizada em Omaha (EUA), Buffett afirmou que continuará presente em algumas decisões, mas que Abel terá autoridade total. “Ele será o CEO, e ponto final”, disse, arrancando aplausos da plateia.
Apesar da mudança no comando, Buffett garantiu que manterá todas as suas ações na empresa. “Acredito que as perspectivas da Berkshire serão melhores sob a gestão de Greg do que sob a minha”, declarou.
No mesmo evento, a companhia divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2025. O lucro líquido caiu 64% na comparação anual, totalizando US$ 4,6 bilhões. Já o lucro operacional recuou 14,1%, ficando em US$ 9,64 bilhões. O setor de seguros registrou perdas de US$ 1,1 bilhão devido a desastres naturais, como os incêndios florestais no sul da Califórnia.
A empresa ainda demonstrou cautela diante do cenário econômico, elevando sua reserva de caixa a um recorde de US$ 347,7 bilhões.
Quem é e como vive Warren Buffett, o investidor mais famoso do mundo
Reconhecido como um dos investidores mais bem-sucedidos do planeta, Warren Buffett é CEO da Berkshire Hathaway, uma holding multinacional com participações em empresas de peso como Apple, Coca-Cola, American Express, Kraft Heinz e até mesmo o banco digital brasileiro Nubank.
Nascido em 30 de agosto de 1930, em Omaha, no estado americano de Nebraska, o bilionário é conhecido como “Oráculo de Omaha”, apelido que reflete tanto seu sucesso no mercado financeiro quanto seu apego à cidade natal.
Apesar da fortuna, Buffett mantém um estilo de vida modesto. Vive na mesma casa desde 1958 e costuma dirigir seu próprio carro. Também é conhecido pelo compromisso com a filantropia: é cofundador da iniciativa The Giving Pledge, junto com Bill e Melinda Gates, e já doou dezenas de bilhões de dólares a causas sociais.
A fortuna de Buffett, avaliada em mais de US$ 100 bilhões, foi construída ao longo de décadas com base na filosofia do value investing — estratégia que consiste em adquirir ações de empresas sólidas, mas que estejam subvalorizadas no mercado. O conceito foi aprendido com o economista Benjamin Graham e norteia os investimentos de Buffett desde o início de sua trajetória.
Segundo ele, “comprar empresas maravilhosas a um preço justo é melhor do que comprar empresas justas a um preço maravilhoso” — princípio que o ajudou a obter retornos consistentes ao longo do tempo. Os negócios da Berkshire Hathaway abrangem setores variados, de ferrovias a redes de lingerie, reforçando o ecletismo da carteira administrada por Buffett.
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