A oposição ao Governo Lula (PT) no Congresso Nacional conseguiu as assinaturas necessárias para instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) contra o INSS, devido aos recentes escândalos de corrupção que acometeram a gestão. Ao todo, foram registrados 182 deputados federais e 29 senadores para a investigação parlamentar. Os autores da proposta, a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora, e ex-ministra de Bolsonaro, Damares Alves (Republicanos-DF) colheram as assinaturas necessárias nesta última segunda-feira, 5.
Para a aprovação, a oposição necessitava da assinatura de 171 deputados e 27 senadores. Ao contrário de uma CPI que necessita da contribuição de apenas uma Casa, uma CPMI necessita da assinatura de pelo menos um terço das duas Casas, da Câmara e do Senado, e deve contabilizar com a presença de parlamentares de ambos. Segundo conta o requerimento, o objetivo é apurar as fraudes dentro do órgão dentro do Congresso Nacional com os principais integrantes do órgão da previdência.
Entre os deputados goianos da Câmara que assinaram o requerimento estão os parlamentares tanto da base bolsonarista, como da base caiadista como: Daniel Agrobom (PL), Gustavo Gayer (PL), Professor Alcides (sem partido), Sylvie Alves (União Brasil), Dr. Zacharias Calil (União Brasil), Ismael Alexandrino (PSD), Magda Moffato (PRD) e a deputada Marussa Boldrin (MDB). Enquanto isso, apenas o senador Wilder Morais (PL) contribuiu com a proposta que mira a gestão de Lula no INSS.
Esquemas fraudulentos
A investigação parlamentar veio após os desdobramentos da operação Sem Desconto, que foi deflagradas pela Polícia Federal (PF) junto a Controladoria Geral da União (CGU) em que objetivam a desarticulação de esquemas de fraudes no órgão da previdência. Ao todo, foram estimados que mais de R$ 6 bilhões foram sido movimentados pelos grupos através de descontos irregulares em 13 dos 27 estados, além do Distrito Federal. Além disso, a operação contou com a participação de 700 policiais e 80 servidores da CGU que cumpriram mais de 211 mandados de busca e apreensão, que culminou no pedido de demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência.
Como mostrou anteriormente o Jornal Opção, os indivíduos que eram alvos dos esquemas criminosos eram pessoas em situação de vulnerabilidade social, como moradores de áreas rurais, pessoas com deficiência, indígenas, analfabetos e pacientes com doenças graves.
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