O conclave dos 133 cardeais começa a escolher qual sacerdote será escolhido para ser o novo papa na tarde desta quarta-feira, 7. Ainda pela manhã, os cardeais se dirigem à Capela Sistina, no Vaticano, para dar início aos ritos de deliberação que remontam ao século XIII, na Idade Média. Para isso, o espaço é temporariamente fechado ao público e as votações escritas devem acontecer ao longo do dia, até a tarde desta quinta-feira, 8. O processo inteiro ocorre sob sigilo absoluto para que não ocorra interferência na escolha do novo líder religioso.
Da mesma forma, os cardeais ficam em quarentena até que um novo papa seja eleito, sem o acesso a celulares, jornais ou contato com pessoas de fora do local e pode durar dias. Caso um cardeal quebre o protocolo, o mesmo pode ser excomungado da Igreja.
O término de uma votação é sinalizada por uma fumaça exalada na chaminé do templo, se a for da cor preta, então não houve a escolhida do novo sumo-sacerdote, que requer que membro receba pelo menos dois terços dos votos, ou seja 88 cédulas com o nome escolhido. Caso ocorra o quórum, a fumaça sairá da cor branca e o novo papa será anunciado com a leitura do “Habemus Papam”, latim para “Temos um papa”. A expectativa é que a primeira fumaça seja vista a partir das 14h do dia 7.
A “ordem do dia”
Durante a tarde, os cardeais do conclave devem depositar os votos com os nomes escolhidos de outros cardeais presentes na eleição, o processo do voto é anônimo e os sacerdotes não podem depositar os próprios nomes.
Antes da votação, foi divulgado a ordem que os cardeais irão votar, bem como os nomes dos sacerdotes seguindo a senioridade com base no tempo no cargo, que a partir disso é subdivida em cardeais bispos, cardeais presbíteros e cardeais diáconos. Os sacerdotes brasileiros aparecem em:
- Odilo Scherer em 14º
- João Braz de Aviz em 21º
- Orani Tempesta em 34º
- Sérgio da Rocha em 49º
- Leonardo Ulrich Steiner em 76º
- Paulo Cezar Costa em 82º
- Jaime Spengler em 105º
Os possíveis preferidos para a posição
Até o momento, dois nomes aparecem como favoritos para a nova posição de líder da Igreja Católica, sendo eles o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle. Parolin é apontado pelos bastidores da igreja como uma figura que deseja o retorno às raízes mais conservadoras do catolicismo, enquanto isso, Tagle, é visto como um possível sucessor de Francisco que deve continuar uma gestão mais inclusiva e aberta ao público como o antecessor.
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