O presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs mais uma rodada de conversas bilaterais com o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir as “raízes do conflito”, nesta quinta-feira, 15, em Istambul, Turquia. Em fevereiro de 2025, a guerra russo-ucraniana completou três anos e resultou na ocupação total de três territórios ucranianos, além de milhares de mortes de ambos os lados.
No anúncio, Putin ainda especula que um novo acordo pode sair da roda de conversas. “Estamos determinados a realizar negociações sérias para eliminar as raízes do conflito. Não excluímos que durante as conversas possamos ser capazes de acordar algum novo tipo de cessar-fogo”, afirmou.
A iniciativa veio após um pedido de um cessar-fogo incondicional por 30 dias de Zalensky, e apoiado pelos aliados da europa ocidental. Em declaração conjunta, os mandatários europeus prometeram sanções mais pesadas e mais ajuda militar à Ucrânia caso o país não cumprisse o acordo.
A reunião em Istambul também é significativa uma vez que o presidente turco, Recep Erdoğan, é o único líder da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que mantém relações próximas com a Rússia. Apesar disso, nas declarações de Putin na noite deste último sábado, 10, o líder russo voltou a reafirmar a retórica do vitimismo russo. “Há uma guerra acontecendo. Mas estamos nos oferecendo para retomar as negociações que foram interrompidas, e não por nós. O que há de errado nisso?”
Na conversa, as casus belli russas, causas da guerra em latim, devem ser discutidas como afirmou ao dizer as “raízes do conflito”, como a transferência total dos estados ocupados, como a Crimeia, Luhansk e Donetsk, além da garantia de que a Ucrânia não fará parte da OTAN no futuro.
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