Um levantamento inédito do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) revela o perfil socioeconômico dos brasileiros repatriados dos Estados Unidos em 2025, destacando que a maioria tem planos de reinserção no mercado de trabalho ou retorno aos estudos.
Entre fevereiro e maio, o Brasil recebeu 680 repatriados em sete operações coordenadas pelo Governo Federal, com foco no retorno seguro de cidadãos em situação de vulnerabilidade. O estado de Minas Gerais recebeu 310 repatriados (47,55%), seguido por Rondônia (74), São Paulo (57), Goiás (40) e Pará (37).
Outros estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal e Santa Catarina também acolheram brasileiros. Os dados mostram que a maior parte dos repatriados tem entre 18 e 49 anos, sendo 526 homens, 142 mulheres e 12 pessoas sem informação de gênero.
Jovens entre 18 e 29 anos representam 34,33%, seguidos por adultos de 30 a 39 anos (29,84%) e de 40 a 49 anos (23,69%). Segundo o levantamento, 70,63% pretendem trabalhar no Brasil, enquanto 19,64% querem conciliar emprego com estudo.
Outros 6,60% desejam se dedicar exclusivamente à educação. A maioria possui ensino médio completo ou incompleto. Na chegada ao Brasil, os repatriados foram recebidos com estrutura organizada pelo MDHC, incluindo alimentação, kits de higiene e apoio psicossocial.
Dados mostram que 83,72% chegaram desacompanhados, enquanto 16,28% vieram com familiares. Após o desembarque, 56,99% foram acolhidos por familiares, 33,03% seguiram para casa própria, e 3,23% foram hospedados por amigos.
Situação migratória e condições nos Estados Unidos
A maioria dos repatriados viveu por períodos curtos em estados norte-americanos como Texas, Massachusetts, Flórida e Nova Jersey, onde há grande concentração de imigrantes brasileiros. Cerca de 75,70% trabalhavam mais de 8 horas por dia em condições precárias.
Apenas 5,37% conciliavam estudos com trabalho, e 2,56% estavam apenas estudando. Sobre vínculos familiares, 38,80% não deixaram parentes nos EUA, enquanto 23,16% relataram ter deixado ao menos um familiar, e 12,58% deixaram cinco ou mais parentes no país.
Além do acolhimento emergencial, o MDHC está desenvolvendo ações de médio e longo prazo para reinserção econômica dos repatriados, incluindo parcerias com empresas para contratação de mão de obra, garantindo uma reintegração digna à sociedade brasileira. As informações coletadas serão usadas na formulação de políticas públicas para brasileiros retornados do exterior.
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