Com mais de 44 mil metros quadrados de área construída, pelo menos 85% das obras do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás, o Cora, estão concluídas. O investimento foi de mais de R$ 255 milhões. As obras receberam, nesta segunda-feira, 12, o padrinho do projeto, DJ Alok, acompanhado de Gracinha Caiado, primeira-dama de Goiás, e de Henrique Prata, presidente do Hospital de Câncer de Barretos, usado como inspiração.
Público, é o primeiro hospital de Goiás destinado exclusivamente ao tratamento do câncer. A instituição ainda se prepara para os primeiros atendimentos, que estavam previstos para este mês mas devem começar no começo de junho. Em um primeiro momento, as radioterapias não serão realizadas no hospital, já que esta ala ainda está no projeto, segundo Rasível dos Reis, secretário de Saúde. Por pelo menos 15 meses, esse tratamento continuará sendo realizado somente em Barretos.
“Vamos inaugurar com todas as unidades funcionando, até pela segurança do paciente. Se alguém estiver no ambulatório e ele precisar de uma enfermaria, tem que estar funcionando; se da enfermaria precisar de terapia intensiva, tem que estar funcionando. Estamos conversando para entregar com toda a parte assistencial funcionando em simultâneo”, disse Rasível.
Os quartos contam com um anexo para a estadia dos acompanhantes, com banheiro próprio, diferente do utilizado pelo paciente; além de um segundo prédio para abrigar confortavelmente a família dos enfermos.
O investimento foi de R$192.658.160,25 para a construção, e R$63.241.779,56 em equipamentos, somente na ala pediátrica, além do investimento privado, como a doação de Alok. O artista foi o primeiro a apadrinhar a causa com R$ 1 milhão. “Foi o primeiro artista que acreditou e pôs o peso dele. Não o peso do dinheiro, o peso da moral dele, do valor dele, do caráter dele. Apostando que essa obra seria importante para o Brasil, não só para Goiás”, disse Henrique Prata.
Casa dos Artistas
Depois dele, também contribuíram: Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, e Leonardo. Essas doações foram concentradas no que chamam de “Casa dos Artistas”, um segundo prédio pensado para abrigar as famílias de crianças que estiverem em tratamento. Esta funcionará como uma casa de apoio e foi orçada em R$ 16 milhões. Destes, já foram arrecadados R$ 7 milhões.
“Eu quis trazer minha validação para que outros artistas, a população, as marcas também acreditassem, para que todos entendessem que esse é um projeto muito sério”, disse Alok. Ele ainda defendeu que os artistas continuem doando para o projeto, que vai precisar de manutenção, como em Barretos – para onde ele costuma doar o cachê de shows na região.
Estrutura
Segundo o secretário de Saúde, Goiás têm incidência de cerca de 350 crianças em tratamento de câncer por ano. Elas costumam deixar o Estado para o tratamento, informou. “Aqui estamos tratando de amor, de vida, de pessoas que precisam de um cuidado especial”, disse Gracinha Caiado.
O complexo contará com um total de 148 leitos; atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantil; serviços de diagnóstico; salas de infusão de medicamentos; centros de reabilitação e quimioterapia; serviços de apoio e pronto atendimento 24 horas; além de leitos de UTI.
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