Goiânia perde 14 leitos de UTI infantil após empresa recuar de acordo

A cidade de Goiânia perdeu 14 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) infantil com a não renovação do contrato com o Instituto Goiano de Pediatria (Igope) e pela desativação de dez leitos do Hospital das Clínicas pela falta de pediatras. Com a perda, a administração municipal fica com apenas duas vagas restantes do Hospital das Clínicas através do Sistema Único de Saúde (SUS) em convênio com o Hospital das Clínicas. 

Atualmente, o Estado conta com 127 vagas totais de UTI infantil, seguindo a apuração da equipe de reportagem através dos sistemas de transparência da gestão estadual. Destes espaços, 74 vagas estão localizadas em três hospitais estaduais na Capital, tendo apenas três leitos disponíveis no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) para atender a demanda de todos os municípios estaduais.  

Como divulgado pelo Jornal Opção no último dia 11 de março, o prefeito Sandro Mabel (UB) havia conseguido a manutenção de contratos entre os hospitais particulares com a administração após a falta de pagamentos das dívidas herdadas da gestão Rogério Cruz (Solidariedade). Quando questionado pela equipe de redação, a secretaria municipal de Saúde (SMS) informou que a não renovação se deu pela recua do Igope em tratativas com a prefeitura.

Com a diminuição das vagas e o aumento de casos de doenças respiratórias no Estado, a população goiana fica dependente de leitos abertos de tratamento intensivo em cidades vizinhas, o que pode aumentar o tempo da fila de espera. 

Por causa disso, representantes estaduais e municipais se encontraram na noite desta última quarta-feira (14) para estabelecer um planejamento quanto à logística dos tratamentos dos pacientes, como divulgado pelo Mabel nas redes sociais. Segundo o gestor, a administração busca a abertura de mais leitos de UTIs através do aumento de  mais leitos em hospitais privados com contratos da prefeitura. 

“Já ligamos para o Hospital das Clínicas para abrir mais leitos de UTI [infantil], mas informaram para a gente que faltam pediatras, então estamos correndo atrás desses médicos para contratar.”

Em nota, a SMS esclarece que procura novas abertura de vagas para atender a população goianiense.

Leia a nota na íntegra

“A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que está empenhada em garantir a oferta de leitos de UTI pediátrica na rede conveniada e está em tratativas com o Hospital Jacob Facuri e com a Ebserh, em Brasília, para a disponibilização desses leitos. A SMS esclarece que os 10 leitos de cuidados intensivos pediátricos do Hospital das Clínicas estavam operantes e foram desativados nesta semana por falta de recursos humanos, segundo justificativa do hospital.

Os leitos de UTI pediátrica no Igope foram desabilitados na gestão anterior e a atual gestão fez diversas rodadas de negociação com o instituto, que chegou a aceitar proposta de pagamento imediato de um terço da dívida deixada pela gestão anterior e o parcelamento do restante, mediante a reabertura imediata dos quatro leitos de UTI Pediátrica ofertados para a rede municipal. O Igope recuou e não reativou os leitos. A SMS segue aberta para negociar o pagamento das dívidas herdadas e a reativação dos leitos.”

O post Goiânia perde 14 leitos de UTI infantil após empresa recuar de acordo apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.