Caiado abre 78º Exposição da Agropecuária como símbolo de resiliência do Agro

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), abriu a 78º Exposição Agropecuária na manhã desta sexta-feira, 16, com autoridades estaduais e municipais. Organizado pela Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SPGA) e Bahrem Eventos, a mostra abriu as portas pela primeira vez na noite desta quinta-feira,15, com a apresentação cultural do cantor sertanejo Amado Batista. 

Com expectativa de reunir mais de 500 mil pessoas durante os dez dias de programação, a mostra deve permanecer até o dia 25 de maio com shows artísticos abertos ao público. Estavam presentes as principais lideranças estaduais e municipais da Capital, como o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), e os parlamentares goianos das três instâncias do Legislativo, os quais enviaram emendas impositivas para assistir a organização da edição. 

Além das apresentações culturais, a Pecuária tem como objetivo o fortalecimento do comércio da pecuária e a viabilização de parcerias entre as empresas e produtores rurais. Com isso em mente, a SPGA projeta que sejam movimentados mais de R$ 100 milhões em produtos e na venda dos mais de 850 animais expostos. 

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A SPGA projeta que sejam movimentados mais de R$ 100 milhões nos dez dias de evento | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Crédito para produtores rurais

Em coletiva de imprensa, Caiado destacou a importância do evento diante das dificuldades que o setor agropecuário enfrenta, como na mudança climática, na falta de mão de obra e na elevação da taxa básica de juros (Selic) que pode comprometer as linhas de créditos para o produtor rural que são necessárias para o investimento na atividade. 

“Apesar do momento onde hoje temos uma taxa de juro altíssima no mercado, o produtor rural sempre continua investindo na sua atividade. É um setor que jamais fez outra opção na vida. Muita gente tem o dinheiro, ao invés de fazer a continuidade do seu investimento, prefere botar numa aplicação. O setor rural não. O setor rural toda a renda que ele tem ou toda a venda que ele faz, ele reinveste no setor. Então isso aqui hoje é a comercialização de animais, e como tal, isso será reinvestido em [material] genético.”

Referência goiana

De forma similar, o presidente da SPGA, Gilberto Marques, reforçou os entraves da agropecuária brasileira com o enquadramento internacional e a necessidade do apoio do poder público para viabilizar a produção. De acordo com ele, categoriza que o próximo Plano Safra 2025/26 precisa ser exequível a fim de diminuir o preço dos alimentos ao consumidor. “[Hoje] Temos várias barreiras com o mercado americano, mas para [superar] isso precisamos que tenha um Plano Safra exequível, sem um Plano Safra exequível a gente não tem o plantio e a gente não tem alimento barato na mesa do consumidor”, afirma.

Além disso, reafirma a importância da mostra de expor a imagem do Estado como referência na genética animal, tanto na venda como na exportação dos produtos derivados a outros países. Estão no local mais de 850 animais de espécies conhecidas da atividade como gir, nelore, pônei, bode, cabra.   

Contribuição para a Capital a custo zero

Para Goiânia, Mabel afirmou que o evento contribui para a Capital no turismo comercial que ocorre dentro da exposição, o que movimenta a economia local pela utilização dos serviços goianienses. Por outro lado, afirma que pretende impulsionar a imagem de Goiânia para fora do Estado, através da pecuária como um catalisador pela “retomada de Goiânia”, como assim denominou. “Nós fizemos [a pecuária] de portão aberto porque Isso dá condição para que as famílias goianienses, que já passam vários anos aí com o lixo na porta, com o hospital não funcionando, é uma retomada de Goiânia” 

Contudo, afirma que a gestão não teve de pagar para que o evento fosse feito na Capital pelo acordo com o governo do Estado para que as emendas parlamentares custeasse a cobertura do evento. Relembrando as dificuldades financeiras, Mabel afirma que a gestão foi responsável pela zeladoria com a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e pela gerência de trânsito através da Guarda Municipal de Goiânia (GCM). “Nós mesmos não tínhamos o dinheiro [para pagar o evento] então estamos entrando com a limpeza do parque por parte da Comurg porque eles estão pagando 250 mil para ajudar porque é muito caro”.

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