UFG leva ciência a bares de Goiânia; veja a programação completa

A Universidade Federal de Goiás (UFG) vai levar a ciência ao ambiente descontraído dos barzinhos de Goiânia. O evento Pint Of Science 2025 – que surgiu nos pubs de Londres – tem a proposta de tornar acessível o conhecimento científico, levando cientistas às rodas de conversa dos bares. Agora chega à capital goiana, reunindo pesquisadoras e pesquisadores da UFG, que vão falar com o público de 19 (segunda-feira) a 21 (quarta-feira) de maio.

Os temas escolhidos mesclam tecnologia a preocupações sociais, arte à saúde, vida no Cerrado à atual situação de emergência climática. “Há até temas mais teóricos, sobre os quais pouco se pensa, como a forma como os humanos experimentam o tempo, mas todos conectados com o mundo cotidiano”, explica Márcia Araújo, coordenadora do evento na UFG. Para ela, a ideia é que o bate-papo, regado a petiscos e a bebidas, seja prazeroso.

Com a UFG à frente, Goiânia integra mais uma vez a rota internacional do evento. Os bares escolhidos para esta rodada foram: Rio Bahia Restaurante Bar, no setor Marista, e do ThörDon Bierhaus Pub, no Setor Jaó.

O Pint of Science ocorre de forma simultânea em 27 países, entre eles o Brasil, com 169 cidades participantes.

Assuntos abordados

No primeiro dia do evento, no ThorDön Bierhaus Pub, no setor Jaó, a apresentação ficará a cargo do professor Lucas Céleri, que falará sobre Questões interessantes sobre o tempo e o universo, descortinando os sentidos da Física para a compreensão do tempo e do espaço no qual a humanidade vive.

Já no Rio Bahia Restaurante Bar, a roda de conversa será sobre a temática: Inteligência Artificial (IA) que faz bem à saúde – pesquisas para desenvolvimento de fármacos, com a professora Carolina Horta, que desenvolve, com ajuda de IA, fármacos para tratamentos de doenças como diabetes tipo 2.

No segundo dia do evento, no ThörDon, das ciências exatas vai-se às ciências humanas. Para falar sobre direitos humanos, a professora Luciana Oliveira, a partir de sua pesquisa na área de Antropologia, abordará o assunto: Re-humanizar a vida – o desafio de restituir a dignidade perdida.

Já no Rio Bahia, o cerrado e as mudanças climáticas serão os assuntos do barzinho, com o bate-papo Vamos falar do nosso bem-estar? Biodiversidade no cerrado, desmatamento e mudanças climáticas. A prosa será tocada pelas professorasLuísa Carvalheiro, do Departamento de Ecologia da UFG, e Elaine Silva, do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade.

Arte e ciência

Neste ano a UFG levará, no último dia do evento, arte ao público do botequim. São docentes artistas que, além de apresentarem os resultados de suas pesquisas, buscarão sensibilizar o público do bar.

No Rio Bahia, o professor e multi instrumentista Everton Luiz, da Escola de Música e Artes Cênicas, vai trazer para o público o seu trabalho voltado às trilhas sonoras de jogos eletrônicos, filmes e teatro. Everton é flautista, saxofonista, clarinetista, acordeonista e arranjador no cenário do samba, choro, MPB e orquestras.

Já no ThörDon Bar, o espaço fica aberto às artes visuais e ao cinema. A pesquisadora Ana Rita Vidica apresentará o projeto Lambe-lambe em Goiânia: histórias que se revelam nas ruas e nos retratos. Em um vídeo documentário, ela fará o público do bar viajar pelas ruas de uma cidade esquecida: o centro de Goiânia ganhará vida a partir das memórias de seus fotógrafos lambe-lambes.

Como surgiu o Pint Of Science

A ideia de levar a ciência ao barzinho surgiu em 2012, numa iniciativa considerada o “embrião” do Pint Of Science. Os cientistas Michael Motskin e Praveen Paul, na época pesquisadores do Imperial College London, na Inglaterra, organizaram um evento chamado Encontro com pesquisadores, trazendo aos laboratórios pessoas acometidas por Alzheimer, Parkinson, doenças neuromusculares e esclerose múltipla. A ideia era mostrar, àqueles diretamente impactados, o tipo de pesquisa que estavam realizando.

A experiência foi tão inspiradora que os dois cientistas pensaram: por que não fazer o contrário? Por que as pesquisadoras e os pesquisadores não podem sair de seus laboratórios para se encontrarem com a população? E qual é o lugar em que as pessoas estão mais abertas e felizes? Foi assim que nasceu, em 2013, o Pint of Science.

No Brasil, a história começou dois anos depois. Em 2015, cientistas do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP), na cidade de São Carlos, realizaram o festival pela primeira vez. Já em Goiânia, a ideia foi encampada inicialmente em 2017, também a partir da organização de cientistas da UFG.

Programação

THÖRDON BIERHAUS PUB:

19 de maio – 19h

Questões interessantes sobre o tempo e o universo

Lucas Céleri – Instituto de Física-UFG

20 de maio – 19h

Re-humanizar a vida: o desafio de restituir a dignidade perdida

Luciana Oliveira – Faculdade de Ciências Sociais-UFG

21 de maio – 19h

Fotógrafos lambe-lambe e uma constelação de imagens

Ana Rita Vidica – Faculdade de Informação e Comunicação-UFG

RIO BAHIA RESTAURANTE BAR:

19 de maio – 19h

Inteligência Artificial que faz bem à saúde: pesquisas para desenvolvimento de fármacos

Carolina Horta – Faculdade de Farmácia-UFG

20 de maio -19h

Vamos falar do nosso bem-estar? Biodiversidade no cerrado, desmatamento e mudanças climáticas

Luísa Carvalheiro – Departamento de Ecologia-UFG

Elaine Silva – Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento (Lapig)-UFG

21 de maio -19h

Música Instrumental Brasileira: do cotidiano aos games Palestrante: Everton Luiz Loredo de Matos, EMAC/UFG

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