As ações do Banco do Brasil (BBAS3) continuam em queda após a divulgação de um lucro abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2025. Na sexta-feira, 16, os papéis recuaram 12,69%, após o banco reportar lucro líquido de R$ 7,3 bilhões e suspender parte das projeções para o ano. O resultado foi causado pelo aumento da inadimplência no agronegócio e alterações em regras contábeis que elevaram os custos.
Com isso, analistas de várias instituições passaram a rever suas recomendações nas ações do banco. Por exemplo, o BTG Pactual rebaixou BBAS3 de compra para neutra, alegando que o momento exige cautela. O Goldman Sachs reduziu o preço-alvo das ações de R$ 29 para R$ 25. Já a Nord Research destacou que, apesar de ver potencial no longo prazo, prefere o Itaú (ITUB3), que tem desempenho mais estável e distribui bons dividendos.
Durante teleconferência, a gestão do banco admitiu que os efeitos negativos foram maiores que o previsto. A expectativa é de que o crescimento do crédito ajude a melhorar os resultados nos próximos trimestres, mas o segundo trimestre ainda deve trazer pressão sobre os lucros. O retorno sobre o patrimônio (ROE) deve ficar entre 17% e 18%, abaixo dos níveis mais altos de anos anteriores.
Segundo levantamento da LSEG (Bolsa de Valores de Londres), entre 11 casas de análise, 6 recomendam compra de BBAS3, 4 sugerem manter e 1 indica venda. A queda recente levanta dúvidas sobre se a ação representa uma boa oportunidade de investimento ou uma armadilha, com risco de desempenho fraco no curto prazo.
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