Nasr Fayad Chaul
O livro “O Letrista” é uma viagem por meus 50 Anos como compositor, professor da UFG, historiador, gestor cultural…
Conto como surgiu, desde meus primórdios, minha paixão e vínculos com a música. Os interiores onde meu pai foi juiz de Direito e que me deram o conhecimento sobre Goiás.
Minha mudança para Brasília e depois para Goiânia, onde encontrei os diletos parceiros de música em 1975. Nenhum ano sem compor, nenhum mês sem escrever letras. Mais de uma centena de músicas já gravadas e uma leva imensa de inéditas.
A Contato Comunicação, por intermédios do jornalista e escritor Iuri Godinho pegou para si a tarefa da edição. O presidente do Tribunal Eleitoral de Goiás, Luiz Cláudio Veiga Braga, ofertou o lançamento no dia 23 de maio nos espaços do TRE. Músicos parceiros irão cantar canções e “O Letrista” contará histórias de várias músicas — mostrando como foram feitas.
Conto histórias de diversas letras, como surgiram, como a música nos chega, como é inspirada, como se traduz, em palavras, os sons. Como foi difícil fazer letra em cima de música no começo. Como ficou tão fácil e inspirador depois. 90% das músicas chegam com um violão e seus lá. lá, lás. Depois de feita a letra vem o primeiro teste com voz e violão. Depois aprimoramentos e gravações com arranjos. Uma linda viagem entre sons e palavras que é entregue aos ouvintes.
Letras de muitos temas, estão aqui presentes. Algumas delas concebidas sem a música e dada aos parceiros com mais facilidade para musicar letras. Nem todos conseguem. Muitos conseguem demais.
Algumas versões de músicas que alguns parceiros solicitaram por gostar muito: fui, presunçosamente, me tornando meio parceiro de Paul McCartney, David Bowie, Cesária Évora e Bob Marley. Coisas da vida. Espero que eles não saibam, embora algumas já foram gravadas.
Fernando Perillo é meu parceiro musical mais longevo, fizemos mais de uma centena de composições. A maior parte já gravada.
Écio Duarte com mais de 90 Letras musicadas. João Caetano, com mais de 70, Celso Galvão, Pádua, Marcelo Barra, Bororó, Sílvio Barbosa, Nilton Jr., Nilo Alves, Adalto Bento Leal, Juraíldes da Cruz, Genésio Tocantins, Fernando Cupertino, diversas músicas.
Muitos outros com poucas parcerias, mas não menos importantes. Com o Maestro José Eduardo Morais, apenas três letras, mas uma delas “Saudade Brejeira” (quase um hino alternativo do país, brinca o jornalista Euler de França Belém). Minha composição mais gravada, 26 gravações, e a mais conhecida. Chegou a ser gravada lindamente na voz de Marcelo Barra e na de Caetano Veloso e Zezé Di Camargo no filme “Dois Filhos de Francisco”, pelo Canto da Gente e por Fernando Perillo.
Com Carlos Ribeiro, Carlos Brandão, Otávio Daher e Rinaldo Barra, algumas letras escritas por quatro mãos. Meus professores nessa arte, Letristas Geniais. Comento muitas delas, conto como as fiz e divido com vocês as histórias musicais de minha vida. Viagem ao meu lado neste Livro.
Muitas e muitas intérpretes: Maria Eugênia Cláudia Vieira, Maíra, Zé Renato do Grupo Boca Livre, Christina Guedes, Larissa Moura…Taís Guerino, Grupo Essência e tantos outros que memória não alcança.
Para mim, letra de música é diferente de poesia. Exige outra concepção pois existe uma melodia que te conduz, exige ou não rimas, determina um espaço para início e fim, bem como uma técnica aprimorada de traduzir os sons em palavras. “O Letrista” mostra tudo isso, venham conhecer a história das canções, o processo de elaborar uma letra e a vida musical desses meus 50 Anos de composições. Escrevi todo o Livro em dois meses, estava, porém, pronto dentro de mim. Foi só transcrevê-lo. Mas o melhor será dividi-lo com vocês.
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