Em construção civil, Goiás registrou queda em empresas atuantes, pessoal trabalhando na área e salários quando se compara os números de 2023 da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) com os de 2022. A crise parece atingir principalmente os trabalhadores, uma vez que o setor movimentou ainda mais dinheiro no último ano, com crescimento de 12,3% no valor das incorporações, obras e serviços da construção.
O cenário comparativo entre 2023 e 2022 é estável. Os números são mais gritantes quando comparados com cinco ou dez anos atrás. O salário mensal dos trabalhadores desta indústria, por exemplo, caiu 24,9% – em relação ao salário mínimo – em 10 anos. Em contrapartida, o número de empresas de construção no estado cresceu mais de 30% em 5 anos.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a pesquisa, em 2014, o salário médio mensal correspondia a 2,85 salários mínimos, o maior da série histórica que começou em 2007. No entanto, em 2023, o registro equivale a 2,14 salários mínimos, a queda já mencionada. Em números, isso significa que o salário em 2014 era R$ 2.062,97, e em 2023 foi de R$ 2.810,80; o número é mais alto, mas desconsidera o ajuste deflacionário. Se comparados os números de 2023 e 2022, não há variação.
O número goiano foi inferior ao nacional, que registrou R$ 2.946,26 de salário médio mensal. Mesmo assim, no Brasil todo houve uma queda de 20,6% em termos de salário mínimo, quando comparado a 2014. Diferente de Goiás, no Brasil também houve queda de 0,88% frente a 2022.
Pessoal ocupado na indústria da construção
Sobre o número de trabalhadores em construção civil em Goiás, em 2023, chegou a 70,4 mil, um crescimento de apenas 0,06% quanto ao ano anterior. Com isso, Goiás teve o menor avanço dentre os estados que apresentaram crescimento. Mesmo assim, desde 2014 – que registrou 79.698 trabalhadores -, este foi o número mais alto de empregados.
O quantitativo de pessoal ocupado na indústria da construção goiana também ficou abaixo da média nacional. No Brasil, houve aumento de 3,18% em relação a 2022, com o número passando de 2,1 milhões para 2,2 milhões.
Já quando se trata das empresas, Goiás registrou 2,5 mil organizações atuantes – com cinco ou mais pessoas ocupadas – em 2023, com variação de 0,2%, em contrapartida ao cenário nacional. O Brasil registrou baixa de 2,3%, com o número de empresas de construção caindo de 64,9 mil (2022) para 63,4 mil (2023).
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