O pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reuniu assinaturas o suficiente para ser protocolado no Senado. De autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), o documento reuniu 28 assinaturas na sexta-feira, 23, sendo necessário o mínimo de 27 rubricas para o encaminhamento do pedido.
Para ser aberta, a CPI depende da autorização de Davi Alcolumbre (UB-AP), presidente do Senado. O marco foi atingido dois dias antes da eleição para presidência da CBF, que tem candidatura única do médico de 41 anos Samir Xaud, de Roraima. O senador Girão, que já presidiu o Fortaleza, tem usado a tribuna para criticar a relação da CBF com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
“O que estamos vendo na CBF é um escárnio. E não podemos, não temos o direito, principalmente quem ama futebol, de não reprovar as inúmeras denúncias, sem nenhum tipo de explicação, que estão acontecendo na CBF”, disse Girão durante seu pronunciamento. O senador também se colocou contra a candidatura de Samir Xaud: “Vai trocar 6 por meia dúzia. Vai continuar uma CBF sem transparência”.
O último presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, foi afastado em 15 de maio por determinação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). A decisão foi baseada na suposta incapacidade mental de um dos signatários do acordo que validou sua eleição em 2022: Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes. Segundo a Justiça, Nunes estaria sem condições mentais de tomar decisões desde, pelo menos, 2018, quando foi revelado com câncer no cérebro.
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