O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou na última quinta-feira, 22, a campanha “Estou com Janja”, em apoio à primeira-dama Janja Lula da Silva. A iniciativa surgiu após críticas à participação dela em um jantar oficial com o presidente da China, Xi Jinping, quando teria feito uma fala sobre o TikTok considerada, por aliados e adversários, um constrangimento diplomático.
Divulgada nas redes sociais, a campanha não conseguiu engajar o público. No Instagram, a postagem não apareceu entre as 12 com mais interações na semana entre as publicações do perfil e a hashtag alcançou pouco mais de 100 até o começo da manhã deste domingo, 25. Enquanto no X (antigo Twitter), não entrou nos assuntos mais comentados e registrou pouco mais de 31 mil visualizações — um número considerado baixo para ações de mobilização digital.
O objetivo da campanha era conter a repercussão negativa do episódio. Durante o jantar, Janja teria feito críticas à plataforma TikTok, o que gerou desconforto na conversa com autoridades chinesas. Em nota, o PT afirmou que a primeira-dama “tem se posicionado com firmeza por um ambiente digital mais seguro, especialmente para mulheres, crianças e adolescentes”.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Janja reagiu às críticas dizendo que “não é um biscuit de porcelana” e defendeu seu direito de participar de debates públicos, inclusive em agendas internacionais. O presidente Lula também saiu em defesa da esposa. Segundo ele, foi ele próprio quem iniciou a conversa com Xi Jinping, e Janja apenas pediu a palavra para detalhar a situação da violência digital no Brasil.
Apesar da tentativa de resposta, o episódio continua sendo explorado por políticos da oposição. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ironizou o posicionamento da primeira-dama ao dizer que, se ela “acredita que censura e prisão são adequadas em uma democracia”, é possível imaginar o que pensa o presidente Lula. Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que o debate sobre regulamentação das redes sociais “é difícil porque os brasileiros não querem viver em uma ditadura”.
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