Conheça o banco que está prestes a alcançar capitalização de mercado de US$ 1 trilhão

O JPMorgan Chase, maior banco dos Estados Unidos, está a caminho de se tornar o primeiro do mundo a alcançar uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão, uma marca histórica que poderá consolidar sua posição como uma das mais poderosas instituições financeiras globais de todos os tempos. Sob o comando de Jamie Dimon, que completa em janeiro 20 anos à frente da instituição, o banco transformou-se no equivalente financeiro de um superatleta — e não por acaso, Dimon cita Serena Williams, Tom Brady e Stephen Curry como inspirações.

“Veja como eles treinam, o que fazem para ser tão bons”, diz o executivo à revista americana The Economist. “Frequentemente, equipes de liderança se perdem em burocracia. É preciso manter a garra e o foco externo.” Desde 2006, quando assumiu a presidência, Dimon elevou a participação do JPMorgan entre os grandes bancos americanos de 12% para 30% em valor de mercado — hoje avaliado em US$ 730 bilhões.

O número de funcionários quase dobrou, atingindo mais de 317 mil, e a fatia da instituição nos depósitos domésticos também duplicou, chegando a 12%. O banco agora tem presença física em todos os 48 estados contíguos dos EUA — algo inédito, mesmo para figuras lendárias como John Pierpont Morgan.

A força operacional e tecnológica do banco é incomparável. Em 2025, o JPMorgan planeja investir US$ 18 bilhões em tecnologia, 40% a mais que o Bank of America, segundo maior banco dos EUA. A estratégia é clara: manter a liderança em inteligência artificial, automação e inovação digital para garantir eficiência, fidelidade dos clientes e expansão nos mercados em que já é dominante — ou quase.

Mike Mayo, analista do Wells Fargo e um dos maiores entusiastas do JPMorgan em Wall Street, afirma que o banco é o “Golias dos Golias” e que merece a comparação com empresas como a Nvidia, referência mundial em inovação tecnológica. “É o melhor banco que já analisei. Tem tudo para ser o primeiro a chegar ao trilhão de dólares”, diz.

Essa superioridade se reflete na relação de eficiência: em 2015, as despesas não relacionadas a juros representavam 61% da receita. Hoje, esse índice caiu para 51%, 15 pontos percentuais a menos que os principais concorrentes. Com mais escala e lucros mais consistentes, o JPMorgan consegue oferecer financiamento mais barato, atrai investidores em tempos de crise e continua comprando instituições menores, como fez com o Bear Stearns, Washington Mutual e, mais recentemente, a First Republic Bank.

Apesar disso, o tamanho e o sucesso trazem seus próprios riscos. A instituição tornou-se um alvo político de ambos os espectros ideológicos americanos. Críticos veem sua concentração de poder como ameaça à concorrência, especialmente em um país que valoriza bancos locais. Internamente, os desafios também são significativos: a sucessão de Jamie Dimon é incerta, embora ele tenha indicado que deixará o cargo de CEO nos próximos anos, mantendo-se como presidente do conselho.

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