A Câmara Municipal de Goiânia não votou, nesta quinta-feira, 5, o projeto que define critérios para a escolha de diretores das instituições de ensino municipais, A proposta havia sido retirada de pauta ontem, após protestos de vereadores contra a falta de diálogo e de retorno por parte da secretária de Educação, Gisele Faria. No entanto, hoje, a secretária de Governo, Sabrina Garcez, acompanhou a sessão e tentou, sem sucesso, articular a votação da matéria.
Presente em boa parte da sessão, Sabrina Garcez conversou com diversos vereadores, incluindo o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD). No entanto, não obteve sucesso nas articulações e, segundo interlocutores ouvidos pelo Jornal Opção, deixou a Casa. O presidente do Legislativo anunciou que, antes da votação, a secretária de Educação e o titular da Secretaria Municipal de Administração (Semad), Celso Dellalibera, serão convocados para prestar esclarecimentos.
“Foi conversado com a secretária Sabrina Garcez, e eu cedi a Sala da Presidência na terça-feira (10), a partir das 8h ou 9h da manhã, caso ela e os vereadores queiram chegar mais cedo, para que a secretária de Educação possa atender aos parlamentares que desejam tratar de agendas com ela. Sei que muitos vereadores, na sessão anterior, manifestaram preocupação com essa falta de diálogo. Portanto, ela estará aqui na terça-feira, antes da sessão, para receber os vereadores. E não apenas ela, o secretário que foi convocado hoje, Celso, também estará presente”, anunciou Policarpo no final da sessão.
Além das reclamações sobre a falta de atendimento e diálogo com Gisele Faria, os parlamentares também apresentaram queixas em relação a Celso Dellalibera. As críticas dizem respeito a denúncias de que o titular da Semad estaria tratando mal os servidores. Diante disso, os vereadores elaboraram e aprovaram um requerimento para convocá-lo a prestar esclarecimentos.
Interlocutores da Mesa Diretora indicaram que o projeto que define critérios para a escolha de diretores das instituições de ensino municipais pode ser votado no mesmo dia da convocação. Caso os vereadores considerem satisfatórias as explicações prestadas, a proposta poderá ser apreciada em segunda votação ainda no mesmo dia.
Em conversa reservada, alguns vereadores comentaram com o Jornal Opção e apontaram que a articulação frustrada foi uma “grande derrota” para o Paço Municipal.
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