O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou à Polícia Federal (PF) que depositou R$ 2 milhões para o filho e deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL), para que ele pudesse se sustentar nos Estados Unidos, onde promove uma campanha contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O montante foi enviado em maio.
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Embora a lei fixe o valor máximo de 10 mil dólares em espécie para viagens internacionais, a legislação não possui um teto para realizar transações bancárias, de acordo com o economista Oscar Rosa. Ou seja, não há limite de valor para transações internacionais.
“Os 10 mil dólares em espécie podem ou não ser declarados. Inclusive, é possível sacar o valor diretamente no banco. Ele [Bolsonaro] enviou o dinheiro de uma conta física aqui no Brasil e o filho dele fechou o câmbio. O dinheiro legal pode ser transacionado em qualquer lugar do mundo”, explica Oscar.
No caso das transações internacionais, é necessário informar no imposto de renda o valor enviado para o exterior e qual o país. Entretanto, é cobrada uma taxa de 3,5% sobre o valor movimentado, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Depoimento de Bolsonaro
Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira, 5, no inquérito que apura a conduta de Eduardo Bolsonaro nos EUA. O parlamentar passou a ser investigado pelo STF no dia 26 de maio deste ano.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) alegou que o filho de Jair Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, têm buscado do governo americano sanções a integrantes do STF, do Ministério Público e da Polícia Federal com o “intuito de embaraçar o andamento do julgamento” contra seu pai, réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.
Embora tenha admitido que o trabalho de Eduardo, que se licenciou do mandato de deputado federal, seja denunciar o que bolsonaristas entendem ser abusos do STF na investigação da tentativa de golpe, o ex-presidente negou a tese de que Eduardo seja o responsável por articular punição a Moraes.
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