*com informações de Fabrício Vera*
As solicitações de internações de dengue aumentaram em 500% entre dezembro e fevereiro no Estado de Goiás. A informação foi relevada em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 8, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Em pronunciamento exibido na rede nacional na última terça-feira, 6, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, convocou a população brasileira, governos, estados e municípios para uma mobilização de enfrentamento à dengue.
“Esse dado nos preocupa muito quando temos o aumento do número de casos e logo em seguida temos o aumento do número de internações, e, consequentemente o aumento no número de óbitos”, disse o Subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde, Luciano Moura de Carvalho. Segundo ele, em dezembro eram 3 solicitações por dia. Em janeiro, o número aumentou para 7. Em fevereiro, são cerca de 10 solicitações de internação por dia.
Quando assumiu a pasta, o novo secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis Santos Júnior, alertou para a mobilização geral dos municípios goianos para evitar uma epidemia de dengue no Estado. Ele apresentou estratégias de vacinação às cidades e apresentou a criação do Gabinete de Crise nos 246 municípios goianos.
De acordo com o subsecretário Luciano, atualmente são 52 municípios com gabinetes de crise instalados. Ele alertou ainda para o autocuidado que a população deve ter. “O paciente deve se hidratar com líquidos independente de ter o diagnóstico fechado ou não. Todas as unidades de saúde do estado estão preparadas para receber esses usuários e pacientes”, explicou.
A Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explicou o motivo das informações divergentes em relação ao número de óbitos pela doença. O funcionamento do sistema é o seguinte: ele opera de forma online, permitindo que o município insira os dados imediatamente. Essas informações são então transferidas automaticamente para nosso banco de dados por meio de nosso Painel automatizado.

“Todo óbito por dengue, para ser considerado confirmado a causa do óbito, precisa passar por um comitê de investigação de óbitos. Isso é um protocolo nacional. Nós temos uma equipe de especialistas infectologistas, médicos clínicos e enfermeiros que investigam essa morte e todas as informações das unidades por onde ele passou para verificar se a causa principal foi dengue ou não. Se um paciente vai a óbito num hospital, com um exame positivo de dengue, acaba que o município ou o hospital coloca como óbito por dengue”, explicou.
Municípios goianos com maior número de casos
- Goiânia – 2.188 casos
- Anápolis – 387.556 casos
- Jataí – 1097 casos
- Aparecida de Goiânia – 955
- Luziânia – 878 casos
- Novo Gama – 770 casos
- Águas Lindas de Goiás – 614 casos
- Valparaíso de Goiás – 518 casos
- Uruaçu – 480 casos
- Alexânia – 426 casos
- Rio Verde – 406 casos
- Padre Bernardo – 404 casos
- Cristalina – 402 casos
- Formosa – 384 casos
- Mineiros – 347 casos
- Iporá – 340 casos
- Catalão – 311 casos
- Cidade Ocidental – 297 casos
- Cocalzinho de Goiás – 291 casos
- Sanclerlândia – 284 casos
- Santo Antônio do Descoberto – 219 casos
- Inhumas – 209 casos
- Caldas Novas – 209 casos
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