Cúpula do antigo governo começa a ser julgada: Bolsonaro consegue manter a pose perante o STF?

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os aliados que formaram a cúpula do último governo vão se encontrar nesta segunda-feira, 9, com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para serem interrogados na ação penal que julga a trama golpista que culminou em 8 de janeiro de 2023. 

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O mesmo Jair Bolsonaro, que no dia 30 de dezembro de 2022 abandonou o país para não dar posse a Lula (PT), agora pede não só aos brasileiros, mas aos ministros do STF, se esqueçam de boa parte do que ele disse durante quatro anos do seu governo.

É uma pedida difícil, vinda de quem planejou e deixou registros de um golpe de Estado com o objetivo de promover uma nova ditadura militar. Agora, no banco dos réus pelos crimes de abolição violenta da democracia, organização criminosa e danos ao patrimônio público, Bolsonaro terá mais dificuldade de manter o discurso de que nada é o que aparenta; tudo não passou de um mal-entendido.

Talvez o mais difícil seja convencer Alexandre de Moraes, relator da ação no STF e principal alvo da trama ao lado do presidente Lula (PT) e do vice Geraldo Alckmin (PSB). “Xandão”, como Moraes foi apelidado por bolsonarista, vai ficar frente a frente com os réus do chamado “núcleo crucial” do esquema golpista. 

O primeiro a depor será o ex-ajudante de ordens da Presidência e delator, tenente-coronel Mauro Cid, que ficou “queimado” com a cúpula bolsonarista depois de delatar a participação de cada um dos réus em benefício próprio. Como em uma grande atuação cinematográfica, Cid chegou a desmaiar, chorou e expôs ameaças enquanto era interrogado na delação. 

Resta saber se Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Walter Braga Netto (general da reserva e ex-ministro da Casa Civil) e Jair Bolsonaro (ex-presidente da República) vão manter a pose ou cair em desespero como o compatriota. 

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