O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil — Seccional Goiás — (OAB-GO) aprovou uma nota de desagravo contra o delegado Humberto Teófilo, em defesa dos advogados Boadyr Veloso Junior, Heylla Rose Campos Valadão Veloso e Taynara Divina Arruda Soares Trindade. Os profissionais foram vítimas de ações consideradas arbitrárias e midiáticas, gerando repercussão que mobilizou o Sistema de Defesa das Prerrogativas da OBA-GO.
O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, classificou a atuação do delegado como um “desvio de finalidade com nítida intenção de autopromoção pessoal”, alertando para o uso indevido da estrutura estatal como plataforma de projeção pública. Segundo Lara, a delegacia de polícia “não pode ser palco de manifestações lacradoras em busca de likes ou aprovação digital”, e a instrumentalização do aparato de segurança pública para fins políticos ou de autopromoção pessoal é um “claro desvirtuamento da função estatal”.
Casos de Violação de Prerrogativas
Em um dos episódios, os advogados Boadyr e Heylla foram presos enquanto atuavam na defesa de clientes. A bolsa de Heylla foi revistada, e cheques lacrados foram apreendidos e incluídos como suposta prova de crime — um procedimento considerado abusivo e sem amparo legal. No dia seguinte, o flagrante foi anulado e o próprio Ministério Público reconheceu a improcedência das acusações.
A advogada Taynara Trindade, por sua vez, foi presa ao tentar exercer seu direito de autodefesa, mesmo tendo se identificado como advogada. Emocionada, ela relatou ter sido ridicularizada e exposta nas redes sociais, com vídeos editados para depreciar sua imagem profissional. “Não fui tratada como cidadã, muito menos como advogada”, lamentou Taynara.
Rafael Lara destacou que o desagravo não é um ataque pessoal ao agente público, mas sim uma defesa enérgica da advocacia diante de um cenário de violações reiteradas das prerrogativas profissionais. Ele enfatizou que o uso das redes sociais e da estrutura policial como “vitrines pessoais” compromete a sobriedade e a impessoalidade exigidas da autoridade.
Lara anunciou a inclusão do servidor no Cadastro Nacional de Violadores de Prerrogativas e o envio de um ofício à Secretaria de Segurança Pública pedindo a remoção ou transferência de Teófilo da Central de Flagrantes.
A reportagem entrou em contato com Teófilo, mas até o fechamento desta reportagem não tivemos retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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