Bolsonaro defende modelo de voto impresso da Venezuela e Paraguai em depoimento ao STF

Em depoimento prestado nesta terça-feira, 10, ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o sistema eletrônico de votação utilizado no Brasil. Segundo Bolsonaro, o modelo atual é “inauditável” e deveria passar por mudanças.

Durante o interrogatório, o ex-presidente defendeu o retorno do voto impresso, citando como exemplos os sistemas eleitorais da Venezuela e do Paraguai.

“No Paraguai, as eleições, no meu entender, são ideais. Até na Venezuela, nas últimas eleições, foi possível perceber que algo anormal estava acontecendo. O Brasil precisa de um sistema que permita detectar isso antes”, afirmou Bolsonaro.

O ex-presidente também declarou que suas falas não tiveram a intenção de gerar conflitos, mas de proteger o processo democrático: “Se eu exagerei na retórica, devo ter exagerado, com certeza. Mas o objetivo sempre foi acrescentar uma camada de proteção às eleições, para evitar qualquer tipo de suspeição.”

Críticas ao sistema eleitoral e ao STF

Durante o depoimento, Bolsonaro voltou a questionar a lisura das eleições, mesmo admitindo não ter provas de fraudes eleitorais. Segundo ele, existem “muitas dúvidas” sobre a transparência do processo.

“O Supremo joga fora das quatro linhas”, disse, em crítica ao STF. E comparou o sistema eletrônico a uma maquiagem: “É como alguém muito maquiado. Se chover, escorre tudo.” Bolsonaro também mencionou o inquérito da Polícia Federal sobre as eleições de 2018 como justificativa para sua postura crítica.

O ex-presidente voltou a defender a reunião com embaixadores — evento apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como parte da tentativa de deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro após as eleições de 2022.

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