A deputada estadual Bia de Lima (PT) disse em entrevista exclusiva ao Jornal Opção que ainda aguarda o andamento da ação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa contra o deputado Amauri Ribeiro (UB). Ela lembra que os ataques já foram direcionados para outras deputadas ao longo da trajetória política do parlamentar.
“Desde o momento que cheguei na Assembleia Legislativa eu tenho sido reiteradamente e de forma cotidiana atacada por esse deputado em vários aspectos”, disse. Ela diz que o argumento que as discussões fazem parte do debate polarizado entre esquerda e direita é apenas uma “desculpa” de quem quer se esconder “atrás de falsos argumentos para que não tem ideia e capacidade de discutir os assuntos com base em fundamentos e do conhecimento”, disse a deputada.
Lima argumenta que ao rejeitar a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE), o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) pode ter permitido, ainda que involuntariamente, a perpetuação dos ataques. “Não tenho dúvidas que o TRE de Goiás deve ter ficado num constrangimento supremo ao ter visto a perpetuação das ações de violência”.
Ela adiantou ainda que o procurador eleitoral Marcelo Wolf aguarda a publicação do acórdão da decisão do TRE para recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Ainda estou aguardando que o Conselho de Ética possa efetivamente ter uma decisão. Acho que essa demora é para que ele possa responder o que está sendo questionado, mas independente disso eu tenho buscado outros parâmetros e outras instâncias”, diz.
A parlamentar aponta que buscou o Ministério Público Federal (MPF), que se manifestou favorável à cassação do mandato de Amauri, e que o Partido dos Trabalhadores (PT) entrou com uma representação contra o deputado no próprio partido dele. “O União Brasil tem convocado as mulheres para entrar na legenda. Será que elas vão entrar no partido sabendo que elas vão ser agredidas e violentadas como eu sou?”, questionou.
Ataques de cunho pessoal
Os ataques de Amauri Ribeiro começaram com um comentário sobre a preferência sexual da deputada que disse em uma entrevista gostar de homens mais novos. As discussões se estenderam até o final da sessão plenária que foi suspensa após os ataques.
A deputada deixou o plenário se dirigiu à sala da presidência da Alego para pedir providências ao deputado Bruno Peixoto (UB). No local, ela foi novamente cercada por Amauri, que voltou a proferir ofensas.
Diante da insistência do deputado, Bia deixou a sala. Em seguida, o deputado Mauro Rubem (PT) chegou ao gabinete e Amauri passou a gritar palavrões e ameaçar o colega de agressões físicas. A situação só foi contida após um segurança da casa intervir.
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