O desânimo do deputado federal Gustavo Gayer (PL) em disputar as eleições municipais de Goiânia reflete no quadro do Partido Liberal na Capital. Caso os rumores se concretizem e Gayer desista de ser candidato a prefeito, o partido já tem um substituto, que pode ser Major Vitor Hugo, ex-deputado e líder de Jair Bolsonaro na gestão do ex-presidente.
Ocorre que um cenário ainda é cogitado nos bastidores. A indicação do vice na chapa encabeçada por Sandro Mabel (que vai disputar o Paço pelo União Brasil). Há, porém, um impeditivo nessa construção: as eleições estaduais de 2026.
Com Ronaldo Caiado (UB) no seu segundo mandato, o governador já se coloca como alternativa para a disputa presidencial em 2026. O acordo, bancado durante sua reeleição, é que Daniel Vilela (MDB) assuma o governo e busque a reeleição.
Por outro lado, o Partido Liberal tem como principal figura o senador Wilder Morais, que já demonstrou seu desejo em concorrer ao Palácio das Esmeraldas e deve fazer isso com ou sem o apoio de Caiado.
Solução
Para Caiado, é fundamental ter o apoio de Bolsonaro. Mas como garantir esse voto do PL se o principal ator político do partido em Goiás irá concorrer com seu presumido sucessor? Pesquisa de intenção de voto já demonstrou ser vantajoso para o governador de Goiás concorrer com o apoio de Bolsonaro. E responder essa pergunta pode solucionar a divisão da direita em Goiás.
Os articuladores do PL garantem que a legenda não abre mão de ter um candidato. Segundo fontes ligadas ao PL, porque um nome apoiado pelo governo, sendo eleito, vai apoiar o nome de Daniel, mas o partido de Gayer tem um projeto diferente. “Quem o Sandro [Mabel] vai apoiar em 2026? O Daniel. Não faz sentido o Wilder compor com ele”, diz em sob uma liderança do PL em Goiânia. O problema, segundo esse interlocutor, não é o nome que, mas a conjuntura.
Num eventual segundo turno, é provável que as forças se unam, especialmente contra a esquerda puxada por Adriana Accorsi (PT).
Houveram tentativas de filiar Sandro Mabel no PL, mas a proposta foi prontamente rejeitada por Caiado. O ex-deputado filia-se ao União Brasil nesta quinta-feira, 4, já com a bússola virada a escolha do(a) vice.
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