Fugitivos de Mossoró são presos após 51 dias e a 1.600 km da penitenciária

A Polícia Federal (PF) comunicou nesta quinta-feira, 4, que conseguiu recapturar os dois fugitivos, em Marabá, no Pará. Eles tinham escapado da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Marabá, localizada no sudeste do Pará, está a mais de 1.600 quilômetros de distância de Mossoró. Para chegar de uma cidade a outra em linha reta, seria necessário atravessar pelo menos cinco estados: Pará, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, e eventualmente passar pelo Norte do Tocantins, dependendo da rota.

A operação envolveu o monitoramento de três veículos suspeitos que estavam dando cobertura à fuga. Seis pessoas foram detidas nos carros. Um dos fugitivos foi capturado pela Polícia Federal e o outro pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, haviam fugido da penitenciária em 14 de fevereiro, levando 51 dias para serem recapturados.

“Na tarde desta quinta-feira (4), em uma ação conjunta das polícias Federal e Rodoviária Federal, foram presos, em Marabá (PA), os foragidos do Sistema Penitenciário Federal Rogério Mendonça e Deibson Nascimento”, informou a PF em nota oficial.

Os fugitivos foram presos na ponte sobre o Rio Tocantins. A abordagem ocorreu nesse local para impedir uma possível fuga pelo rio. Com o grupo, foram apreendidos uma arma, dinheiro e celulares.

De acordo com a TV Globo, a dupla de fugitivos será devolvida a Mossoró, o que é considerado uma questão de honra pelo Ministério da Justiça, responsável pela coordenação do sistema penitenciário federal.

Rogério e Deibson, que são do Acre, estavam na penitenciária desde setembro de 2023 e são membros da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

Eles conseguiram escapar através de um buraco atrás de uma luminária na prisão e cortaram duas cercas de arame usando ferramentas de uma obra em andamento no local.

Essa foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).

Após a fuga, autoridades locais e federais formaram uma força-tarefa para capturar os fugitivos, contando com a participação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil (PC) e Polícia Militar (PM) do estado.

A Força Nacional também foi mobilizada para ajudar na operação, mas deixou a força-tarefa em 30 de março, após 46 dias de busca. A partir desse ponto, as autoridades concentraram esforços em ações de inteligência, conforme informado pelo Ministério da Justiça.

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