Com novas promessas, presidente do IMAS ‘enrola’ pagamentos para hospitais

O Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas) acumula desde meados do ano passado uma dívida milionária com vários hospitais e laboratórios particulares de Goiânia. Donos de hospitais credenciados ao instituto afirmaram à reportagem que o IMAS firmou acordo de que o pagamento de algumas faturas em atraso será feito na próxima semana.

Embora o desconto para o plano de saúde seja feito na folha de pagamento dos servidores, a explicação do órgão é falta de recursos. No entanto, representantes de unidades de saúde informaram ao Jornal Opção que antes do atual presidente, o médico Marcelo Marques, assumir o Imas, os pagamentos eram realizados todos os meses.

Marcelo Marques foi nomeado para o IMAS pelo prefeito Rogério Cruz, em setembro do ano passado, quando começaram os atrasados de repasses. “Os pagamentos aconteciam normalmente, todos os meses recebíamos até o dia 10. Os problemas iniciaram após o dr. Marcelo ter assumido. Nosso atendimento aos usuários do Imas estava normal antes da chegada do dr. Marcelo. Depois que ele assumiu, iniciou o problema de repasse”, disse Márcio Coelho, do Hospital Infantil de Campinas (HIC).

Com acordos anteriores não cumpridos, as direções do HIC e do laboratório Atalaia decidiram, na quarta-feira, 3, manter a suspensão de atendimentos de pacientes do IMAS. Procurada, a assessoria de imprensa do Imas informou que irá efetuar o pagamento de um mês atrasado do HIC. A reportagem procurou também Marcelo Marques, que não retornou o contato. O espaço para manifestação segue aberto. 

Segundo Coelho, há meses, Marcelo Marques promete que “semana que vem o pagamento estaria na conta do hospital”. Caso, desta vez, haja a quitação de um mês, ele disse que é “insustentável” retornar o atendimento para pacientes do Imas. “Esse pagamento que eles voltaram a prometer era para ter sido no mês passado, agora, neste mês teriam que pagar duas parcelas em aberto, outubro e novembro”, pontua. O instituto tem oito débitos em aberto com a unidade.

Pagamento seletivo

Márcio Coelho salienta não entender por que outros hospitais e clínicas receberam os atrasados nos últimos meses. “Não dá para entender o critério seletivo de pagamentos”, desabafa.

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