Bill Gates deixa 99% da fortuna para o “quarto filho” e apenas 1% para os outros três

Atualmente, Bill Gates ocupa a sétima posição no exclusivo ranking dos bilionários globais da Forbes. Aos 68 anos, seu patrimônio atinge a impressionante marca de US$ 124,5 bilhões (R$ 617 bilhões). No entanto, essa cifra exorbitante não proporciona a ele uma verdadeira satisfação, ao contrário do contato com sua família, amigos e atividades com impacto social positivo, conforme expresso em várias entrevistas.

Essa perspectiva explica a decisão do bilionário de destinar menos de 1% de sua riqueza para cada um de seus filhos. Em conjunto com sua ex-mulher Melinda French, da qual se divorciou em 2021 após 27 anos de relacionamento, Gates anunciou que seus filhos Jennifer (27 anos), Rory (23) e Phoebe (21) herdariam precisamente “apenas US$ 10 milhões cada” (equivalente a quase R$ 50 milhões, na cotação atual).

Em entrevista anterior ao programa This Morning, Gates explicou: “É um desserviço para as crianças terem enormes somas de riqueza. Isso distorce tudo o que elas podem fazer ao criar seu próprio caminho. Nossos filhos receberão uma ótima educação e algum dinheiro, então nunca serão pobres, mas terão suas próprias carreiras”.

Melinda também adotou uma postura semelhante, doando uma parte significativa de sua fortuna, estimada em US$ 10,6 bilhões (R$ 52,5 bilhões), por considerar “absurdo que tanta riqueza esteja concentrada nas mãos de uma única pessoa”.

Gates deixou claro que os restantes 99% de sua herança serão destinados à Fundação Bill e Melinda Gates, considerada pelo ex-casal como seu “quarto filho”. A fundação tem como objetivo promover a visão de que todas as pessoas devem ter a oportunidade de viver uma vida saudável e produtiva, dedicando-se a projetos de desenvolvimento através da filantropia.

Até 2026, a Fundação Gates planeja gastar US$ 9 bilhões por ano em áreas de inovação, como prevenção de pandemias, redução da mortalidade infantil, melhoria da segurança alimentar e adaptação climática.

Apesar dos objetivos nobres, a influência da Fundação Gates levanta críticas e ceticismo, especialmente em relação à sua significativa presença na Organização Mundial da Saúde (OMS). Alguns questionam as verdadeiras intenções dos fundadores, apesar de a entidade se considerar apolítica.

Alguns observadores sugerem que a decisão de Gates de direcionar sua herança para a fundação também pode ser motivada por questões fiscais, evitando impostos patrimoniais significativos após sua morte.

Os três herdeiros de Gates parecem alinhar-se aos desejos do pai. Jennifer, a mais velha, concluiu recentemente um mestrado em saúde pública na Universidade de Columbia, enquanto Rory se destacou na Universidade de Chicago com uma dupla especialização e um mestrado em apenas quatro anos. Phoebe, a caçula, estuda em Stanford e é ativista pelos direitos reprodutivos e pela igualdade de gênero.

A Microsoft já não é a principal prioridade de Gates, que renunciou ao conselho de administração em março de 2020. Ele investiu parte de sua fortuna em diversas empresas, tornando-se um dos maiores proprietários de terras agrícolas nos Estados Unidos. Atualmente, Gates dedica-se integralmente à filantropia, concentrando-se em projetos de educação, iniciativas contra as alterações climáticas e promoção da saúde global.

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