Goiânia registra menor inflação para março nos últimos dois anos

A inflação de Goiânia em março registrou o menor índice para o mês nos últimos dois anos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período a alta foi de 0,36% ante 0,51% em fevereiro. Assim, a Capital registrou a menor variação desde março de 2020 (-0,74%).

No acumulado, o índice teve alta de 1,76% no ano, com 0,36 ponto percentual menor que no mesmo período do ano anterior (2,12%). Com isso, Goiânia teve a quarta maior variação do país.

De acordo com o levantamento, a variação dos preços impactou diretamente “os mais pobres”, devido ao forte peso que a energia residencial e os alimentos apresentam para o grupo investigado no índice, ou seja, de pessoas com rendimentos entre 1 e 5 salários mínimos. No País, o aumento do INPC foi de 0,19%.

Ao comparar o desempenho de Goiânia, apenas a região metropolitana de Porto Alegre (-0,13%) registrou recuo de preços. As quedas nos preços foram registradas apenas para batata-inglesa (-18,42%) e gasolina (-2,41%). Esses itens influenciaram o índice na capital gaúcha. Já a maior variação ocorreu em São Luís (0,81%), impactada pela alta do tomate (23,51%).

Goiás (0,36%) apareceu entre as quatro maiores variações do país. O Estado se destacou com a redução de preços de material, que apresentou a segunda menor variação percentual do custo médio do metro quadrado do país.

Após três altas consecutivas, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou queda de 0,49% no mês de março. “Dessa forma, o acumulado no ano retorna ao patamar de janeiro de 2024 (0,07%), desacelerando também no acumulado em 12 meses (1,34%). Em março de 2023 o índice mensal havia caído 0,16%”, cita trecho do documento.

Neste quesito, o custo goiano da construção, por metro quadrado, recuou para R$ 1.710,30 em março, com R$ 1.015,75 referentes aos materiais e R$ 694,55 à mão de obra. “A primeira queda no ano, em Goiás, foi devida à redução nos preços do componente material, uma vez que o componente mão de obra se manteve estável nos três primeiros meses de 2024”, citou o levantamento. Nacionalmente, esse custo, por metro quadrado, foi mais alto, passou para R$ 1.729,25 em março (R$ 1.006,19 relativos aos materiais e R$ 723,06 à mão de obra).

Preços nacionais  

Já no cenário nacional, o IPCA desacelerou em março, quando se registrou alta de 0,16%, 0,67 ponto percentual, valor menor que em fevereiro (0,83%). A inflação acumulada neste ano chega a 1,42%.

Porém, nos últimos 12 meses, os preços aumentaram 3,93%. Em março do ano passado, o índice havia sido de 0,71%. Os aumentos no mês sofreram influências da energia elétrica residencial e por produtos alimentícios.

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