JK e Bernardo Sayão: Brasília integrando o Brasil pelas estradas

Do que adiantava construir a nova capital federal no Planalto Central se não construíssem rodovias a ligando às quatro regiões do país? Ao mesmo tempo que os homens e as máquinas erguiam palácios e prédios onde seria Brasília, em vários pontos do Brasil tratores cortavam árvores, rasgavam florestas e abriam caminho para as rodovias que levariam até a nova capital. Surgiam assim a Belém-Brasília, Brasília-Acre, Brasília-Fortaleza. Se Juscelino Kubitschek tinha Israel Pinheiro no Plano Piloto, ele contava com Bernardo Sayão na floresta abrindo estradas. Foi numa delas que uma árvore caiu bem no barracão onde ele estava matando-o na hora. Sayão morreu sem ver Brasília inaugurada.

Em janeiro de 1960, o governo JK incentivou as Caravanas da Integração Nacional. Cada caravana saía de várias partes do Brasil rodando as estradas recém-construídas e apressadamente abertas. Todos deveriam se encontrar no dia 21 de abril em Brasília para a sua inauguração. Teve festa na saída das caravanas e muitos fotógrafos registrando esse momento. A imensidão do Brasil sendo exposta para aquela gente bronzeada pelo sol da praia. A Revista Manchete, na época, noticiou que um grupo de marinheiros sairia a pé do Rio de Janeiro até Brasília.

A integração nacional começada pelo Marechal Candido Rondon na instalação das linhas de telégrafo na floresta amazônica, atravessada pela Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas era concluída por Juscelino Kubitschek nas caravanas que mostravam que todos os caminhos levavam até Brasília.

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