Castello Branco prometeu sucessor eleito pelo voto, mas quem assumiu foi o linha dura Costa e Silva

Brasília tinha apenas quatro anos de inauguração quando aconteceu sua terceira posse presidencial. O primeiro foi Jânio da Silva Quadros, o segundo, João “Jango” Goulart e, em 15 de abril de 1964, Humberto de Alencar Castello Branco colocava a faixa presidencial no peito.

O marechal (que havia participado da Segunda Guerra Mundial) virou presidente para, supostamente, pacificar as Forças Armadas e garantir as eleições presidenciais de 1965. Castello Branco foi eleito pelo Congresso Nacional juntamente com o mineiro José Maria Alkmin, seu vice-presidente. Era só tocar o barco até a outra margem que tudo estaria resolvido.

Ao assumir o poder, Castello Branco, que era baixinho e não mui belo, prometeu cumprir a Constituição, respeitar as leis, efetivar o Ato Institucional.

E mais: Castello Branco prometeu entregar a faixa presidencial em 31 de janeiro de 1966 para o seu sucessor eleito pelo povo. As promessas foram caindo por terra a cada reboliço vindo do meio político e dos quartéis.

A Constituição de 1946 foi anulada para que outra fosse redigida para aqueles tempos de militares no poder, os partidos políticos tradicionais foram extintos, o mandato presidencial prorrogado para mais um ano. E Castello Branco passou a faixa presidencial para outro militar eleito pelo Colégio Eleitoral. Trata-se de Arthur da Costa e Silva, tido como meio bronco e líder da linha dura militar.

Em 15 de abril de 1964, quem imaginaria Castello Branco apegado ao poder? Como todo começo de mandato, tudo é sorriso e acenos. No quarto ano de sua fundação, Brasília já se acostumava às crises e às inúmeras posses presidenciais. E a promessas que jamais seriam cumpridas.

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