Habemos papam: o dia que Joseph Ratzinger se tornou Bento XVI

Depois de um pontificado longo como o de João Paulo II, 27 anos, os cardeais escolheram Joseph Ratzinger como sucessor de Pedro. Manteve-se a eleição de um papa não italiano, que se iniciou com o próprio João Paulo, um polonês. O alemão Ratzinger, a partir de 19 de abril de 2005, se chamaria Bento XVI. Ele era um dos favoritos a ser o novo papa e esse favoritismo se confirmou no conclave. A multidão na Praça São Pedro ao mesmo tempo que pedia a canonização de João Paulo II saudava o novo papa que aparecia na sacada da basílica.

Eu gosto muito do Papa Bento XVI, a quem carinhosamente eu o chamava de “Bentão”. Seu conhecimento, sua defesa enfática da doutrina, suas reflexões merecem ser lidas por todos nós em todos os tempos. Quando Bento XVI renunciou em 2013, um comentarista da Globo (não me recordo o nome agora) disse que o povo ia ao Vaticano para ouvir o que o Papa tinha a dizer.

A eleição de Ratzinger foi acompanhada pelo mundo todo. Naquela época, os celulares não tinham tantos recursos como hoje e a gente dependia das notícias da televisão para saber os próximos passos da sucessão papal. Os vaticanistas entravam ao vivo nos telejornais apontando os favoritos. Quando a fumaça branca saiu da Capela Sistina e os sinos começaram a tocar na Basílica de São Pedro, a Sé não estava mais vacante. Quando se confirmou o favoritismo de Ratzinger e seu novo nome papal foi anunciado, aqui no Brasil o chamaram primeiramente de Benedito XVI, por causa da pronúncia latina de Bento ser “Benedictum”. Depois, se fez a correção. Alegria e festa na Praça São Pedro e em todo planeta. 

Bento XVI renunciou ao trono petrino em 2013. Ao contrário da sua eleição em 2005, os celulares com seus múltiplos dispositivos registraram praticamente em tempo real as notícias sobre a sua renúncia e já previam a possibilidade de um cardeal brasileiro ser o escolhido. Ratzinger nos ensinou muita coisa em seus livros, em seus discursos, em suas homilias e, principalmente, em seus gestos ao longo dos oito anos do seu pontificado. Como papa emérito aprendemos com ele a importância do silêncio e da oração na vida cristã.

O post Habemos papam: o dia que Joseph Ratzinger se tornou Bento XVI apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.