Em crise, TV Record demite mais dois jornalistas experientes… novas demissões estão programadas

Não se sabe qual é a retirada mensal do proprietário da TV Record, o bispo Edir Macedo, e de seus mais altos executivos. Mas, para conter o rombo financeiro que vem desde 2022 — cerca de 500 milhões de reais —, a empresa ligada à Igreja Universal continua a demitir em todo o país. A ordem interna é para fazer cortes em toda a rede. Há pouco foram feitas demissões em Goiânia, mas persiste a possibilidade de pelo menos mais duas demissões. A mensagem é a mesma: contenção de despesas.

Nesta semana, a Record demitiu dois jornalistas experimentados: Luiz Gustavo e Priscilla Doroche.

Luiz Gustavo era presença ativa em jornais locais de Belo Horizonte e, também, no “Jornal da Record”. O jornalista trabalhou 22 anos na TV Globo e estava na Record havia 14 nos. A demissão teria a ver com seu salário — considerado alto para os novos padrões da rede macediana.

Priscilla Doroche, repórter do “Balanço Geral SP”, trabalhava na Record desde 2012. Ela chegou a ser âncora na Record News, entre 2013 e 2014. Produziu o “Fala Brasil”, jornal matinal da rede.

A Record não apresentou nenhuma explicação oficial sobre as demissões. Porém, nos bastidores da rede, fala-se que há uma ordem de Edir Macedo para “cortar no osso” com o objetivo de tornar a empresa mais enxuta e menos deficitária (o prejuízo de meio bilhão, de 2022, ainda não teria sido equacionado).

Os cortes feitos até agora, ainda que de grande proporção, não são considerados suficientes pela equipe “mãos de tesoura” escalada para reformatar financeiramente a empresa.

A mensagem interna é uma só: a direção está seguindo o modelo da TV Globo, que passou por um dos maiores enxugamentos salariais de sua história, com dezenas de demissões. Salários de 100 mil, 200 mil e até 500 mil reais? Nem pensar.

Diz-se, à boca pequena, que, a partir de agora, a Record será mais proletária, mais franciscana. Sobretudo, porque não tem mais nenhuma intenção de competir com a Globo. A ordem é “zerar” os prejuízos mensais e anuais. A empresa de Edir Macedo quer voltar a ser lucrativa.

Comenta-se também que, apesar de não “lular”, a rede Record passa por um processo de “desbolsonarização”.

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