Em Goiânia, PT tenta abrir frente com centro-direita, mas deixa retaguarda desguarnecida  

O Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiânia tenta repetir a mesma estratégia que reelegeu para o terceiro mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, antes das eleições de 2022, se alinhou com o ex-adversário Geraldo Alckmin (PSB), hoje vice-presidente da República. Mas a executiva do PSB em Goiânia afiram que não foi procurada pelo partido da pré-candidata.

No entanto, enquanto o partido tenta abrir uma frente com ampla aliança, na retaguarda – que seria os partidos do espectro da esquerda – falta diálogo. Uma dessas siglas é a que tem nos quadros o vice-presidente. Trata-se do PSB, que na capital é presidida pelo ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira. A ascensão ao comando partidário local aconteceu com articulação do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB), que indiretamente coordena o bloco de quatro partidos: além do PSB, PRD, Agir e Avante.

O bloco e o próprio PSB têm sido procurados por pré-candidatos para alianças políticas deste ano. Porém, em conversa com o Jornal Opção, Cirqueira conta que “por incrível que pareça”, o PT, até o momento, foi o único a não procurá-lo. “Talvez acreditem que pelo fato do PSB está com o PT nacionalmente, não há necessidade de se construir a aliança aqui. As coisas não funcionam desta maneira”, frisou.  

A percepção do dirigente do PSB goianiense acerca da convicção petista de que já conta com as legendas que compõem o governo federal não está errada. Em entrevista ao Jornal Opção, o coordenador da pré-campanha da Delegada Adriana Accorsi, o ex-deputado estadual Luís César Bueno, tem como certo o apoio do PSB.

“Como o partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é um aliado de primeira hora, existe uma ação de Estados e municípios para que o PSB venham juntos. O deputado Vinícius é um pessoa muito participativa na articulação política e com certeza sabe da importância do PT dentro do leque de alianças do campo progressista”, enfatiza.  

Em relação aos diálogos locais, o petista pontua que as lideranças na Capital não deixaram de tratar com as legendas. “Com certeza, a articulação com o PSB não está fora da pauta, existe uma articulação nacional envolvendo os parlamentares do Congresso e a partir dessa deliberação nacional, a articulação está acontecendo também nos municípios”, salienta.

Extrema-direita

Neste sentido, talvez, o alivio do PT, é que Vinícius Cirqueira pretende conversar com todos, com exceção da extrema-direita. Entretanto, o encontro nesta quarta-feira, 24, com o governador Ronaldo Caiado (UB), pode aproximar o bloco do pré-candidato Sandro Mabel (UB), para provável indicação do vice-prefeito.

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