Inadimplência em Goiânia alcança oitava queda consecutiva

O número de inadimplentes na capital teve recuo de 0,92% em março, enquanto na média nacional houve aumento de 2,67%. O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira, 26, pela SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) com o apoio da base de dados da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Goiânia.

A compilação de dados mostrou que, em março, cada consumidor inadimplente da capital tinha, em média, 2,1 dívidas em atraso. Já o setor com participação mais expressiva no índice da inadimplência foi o de bancos, com 65,51%. Na sequência estão outros (9,51%), comércio (8,56%), comunicações (8,44%) e água e luz (7,99%).

Marco Tulio, de 33 anos é lojista e conta que conseguiu renegociar a maior parte das suas dívidas. “Atualmente, meus principais débitos são com alguns bancos referentes ao financiamento da minha casa. Eu tinha débitos antigos, há mais de 3 anos, mas consegui renegociar com muito planejamento financeiro”. Ele é proprietário da loja de roupas femininas “Messias Closet” e conta que optou pelas vendas on-line pelos custos mais baixos.

O valor médio das dívidas de cada inadimplente goianiense ficou em torno de R$ 5.105,30 em março. Os dados ainda explicitam que 29,94% destes tinham dívidas no valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,09% quando se fala de débitos de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores negativados é igual a 27,5 meses, sendo que 38,50% estão inadimplentes entre 1 e 3 anos. 

A redução da inadimplência em Goiânia por oito meses consecutivos tem potencial para continuar influenciando positivamente os próximos meses, conforme avaliação da CDL Goiânia. No entanto, na visão do presidente da entidade, Geovar Pereira, é preciso cautela para que o índice não volte a subir.

“Apesar das quedas, o número de inadimplentes continua alto. Ainda não chegamos aos patamares ideais, apesar do Programa Desenrola e do rendimento médio do trabalhador ter crescido, como apontou recentemente o IBGE. É importante tomar os dados apresentados como uma ponte que parece estar nos levando a um cenário mais estável. Os próximos índices serão fundamentais para uma análise mais consistente”, finaliza o dirigente. 

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