“Indução do eleitorado” leva à impugnação de pesquisa para prefeito de Porteirão

Uma pesquisa eleitoral destinada ao município de Porteirão, situado a 185 km de Goiânia, foi impugnada após suspeitas de “indução do eleitorado”. O Juiz Fábio Amaral, da 124ª Zona Eleitoral, ordenou na última semana a suspensão do registro e da divulgação do estudo conduzido pelo Instituto Alcateia Outsourcing e operacionalizado pela empresa Synapsis.

O Jornal Opção entrou em contato com o instituto responsável pela pesquisa e aguarda retorno da entidade. O espaço segue aberto.

A decisão judicial foi tomada em resposta a uma ação movida pelo presidente do Progressistas (PP), Antonio Felício, e pelo advogado Luciano Hanna. Ambos apontaram falhas nos questionários, além da disparidade entre o CNPJ da empresa contratante e a entidade executora da pesquisa.

O registro da pesquisa, sob o número GO-05242/2024, foi feito pelo Instituto Alcateia, contudo, conforme divulgado no próprio registro, a pesquisa foi realizada por uma terceira empresa. Segundo a alegação, essa terceira empresa não possui a competência técnica necessária e suas atividades declaradas não são voltadas para o escrutínio público.

O advogado argumenta que a pesquisa apresenta vícios nos questionários, que podem induzir os entrevistados, como a inclusão de perguntas relacionadas à saúde pública, que não são pertinentes a uma pesquisa eleitoral.

O juiz concedeu a solicitação de urgência, destacando que os questionários aplicados não se referem ao processo eleitoral, mas sim a questões administrativas municipais, como o combate à dengue, o que não se enquadra no escopo de uma pesquisa eleitoral.

“O questionamento feito dessa forma é tendencioso e leva ao favorecimento do prefeito João Henrique (MDB), face às perguntas realizadas, que dizem respeito a um interesse da Prefeitura Municipal, o combate à dengue”, justificou Hanna.

Além disso, a ausência de prestação de serviços de coleta de dados pelo CNPJ registrado também foi mencionada na decisão do magistrado. A reportagem também tentou contato dom Henrique, mas não tivemos retorno, o espaço também segue aberto.

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