A candidatura da deputada federal, Adriana Accorsi (PT), é a mais competitiva do partido em capitais nas eleições deste ano. No Nordeste do país, onde a legenda tem a sua maior base eleitoral, nenhum candidato está indo para o pleito de outubro com chances de vitória
Em Goiânia, segundo levantamento de fevereiro do instituto Paraná Pesquisas, Adriana aparece numericamente à frente, com 22,1%, seguida do senador Vanderlan Cardoso (PSD) e do deputado Gustavo Gayer (PL) — a margem de erro é de 3,8 pontos. Ainda que pequena, a vantagem é significativa, considerando-se que nenhum outro petista lidera hoje a corrida em outras capitais.
A capital deu 64% para o ex-presidente Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2022. Contrapondo este cenário Adriana aposta no seu capital político, que é de família. Ela é filha de Darci Accorsi, que foi prefeito entre os anos de 1993 e 1997 e é lembrando pela sua boa gestão. Ele foi um dos primeiros prefeitos do PT em capitais no país.
Adriana é policial civil, já comandou a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente e também foi delegada-Geral da Polícia Civil durante o terceiro mandato de Marconi Perillo (PSDB). Ela também foi secretária de Defesa Social durante a gestão do então prefeito Paulo Garcia (PT).
Essa será a quarta vez que Adriana disputa a Prefeitura. Dado o ambiente político de intensa disputa entre petistas e bolsonaristas, analistas e até mesmo políticos, como o próprio governador, Ronaldo Caiado (UB), não acreditam que a polarização deve pautar a disputa deste ano.
Conjuntura
A atual gestão não é bem avaliada, desde o início do mandato, e foi permeada por crises desde o rompimento do atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), com o MDB. Cruz assumiu o comando do Paço após a morte do prefeito eleito na época, Maguito Vilela, que morreu, vítima da COVID-19, dias depois de tomar posse.
Problemas com a coleta de lixo, zeladoria da cidade, denúncias de irregularidades dentro da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), infraestrutura de saúde precária na cidade e uma ação policial que mobilizou mais de 150 agentes da Polícia Civil para fazer busca e apreensão na casa de secretário, a Prefeitura e também na Comurg tornaram as ações da gestão insustentáveis. Esse cenário é o que deixa o debate distante da polarização.
Pesquisas
Em pesquisa qualitativas, feitas por partidos e também pelo Palácio das Esmeraldas, mostraram que o goianiense quer um gestor para comandar a cidade, mas que também tenha experiência política. O vice na chapa também é tipo como importante no cenário atual e que pode ser um puxador de votos para o candidato.
Pensando nisso o PT tenta fazer uma aliança de centro-direita para conseguir se distanciar mais ainda da polarização entre esquerda e direita, mas até o momento a pré-candidata e aliados próximos não deram indícios do quem deve ser o vice na chapa.
A candidatura de Adriana em Goiânia é prioridade do PT, embora o partido reconheça que não será uma disputa fácil tendo em vista que Bolsonaro, a princípio tem candidato na cidade, Gustavo Gayer (PL), Caiado banca o nome de Sandro Mabel (UB) e Vanderlan Cardoso, forte candidato nesse ano também vem para a disputa.
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