Bispo de Formosa defende padre alvo de operação da PF: ‘Confiança na sua inocência’

O bispo da Diocese de Formosa, Dom Adair, de 63 anos, saiu em defesa do padre José Eduardo, da Diocese de Osasco (SP), após o religioso ser um dos alvos da megaoperação da Polícia Federal (PF). A corporação cumpriu 82 ordens judiciais na última semana contra o clã Bolsonaro, militares e pessoas próximas à família, que planejaram um golpe de estado.

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Dom Adair começou a homilia 6º Domingo do Tempo Comum, realizada neste domingo, 11, na Capela Santa Teresinha do Menino Jesus, em Teresina de Goiás, prestando solenidade ao padre e se referindo a ele como sendo um “grande amigo”, além de um “sacerdote de grande vulto para a Igreja do Brasil”. José teve o celular, computadores e outros objetos apreendidos pela PF.

“Nós cremos profundamente na libação, na probidade do padre José Eduardo. Lamento que alguns católicos replicaram nas mídias discursos de ódio contra este sacerdote, alegando a sua intrépida missão de defender a vida se colocando contra o aborto”, afirmou o bispo.

Dom Adair disse ainda que José é um padre “profundamente qualificado”, visto que é doutor em teologia moral “no combate à famigerada ideologia de gênero”. Para o religioso, o padre irá provar a inocência.

“Audileto, irmão padre José Eduardo, a minha profunda solidariedade e confiança na sua inocência e na sua probidade – que Deus continue abençoando seu ministério sacerdotal e seu magistério teológico em favor do bem da nossa santa igreja”, concluiu o bispo em quase três minutos de fala. 

Padre pediu PIX

Horas depois da operação da PF, em uma live, na última quinta-feira, 8, o padre contou sobre a operação e disse que não entregou as senhas dos aparelhos porque era resguardado pelo cargo que ocupava. Já no Instagram dele, uma postagem pedia um Pix de contribuição para que ele adquirisse novos aparelhos eletrônicos.

Acusado de integrar o “núcleo jurídico” do grupo que supostamente articulava uma forma de manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022, o padre José Eduardo negou ter colaborado com a suposta tentativa de golpe.

No entanto, ele não desmentiu ter participado de uma reunião no Palácio do Planalto, em novembro daquele ano, para discutir o tema, e afirmou que é procurado por “muitas pessoas” para aconselhamento espiritual.

“Como teólogo, como filósofo, muitas pessoas me consultam no Brasil inteiro. Prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores, deputados federais, estaduais, senadores, enfim. Eu atendo a todas as pessoas que pedem meu auxílio espiritual, porque essa é minha missão”.

No início da noite de quinta, horas após ter sido alvo de busca e apreensão da PF e pouco antes de iniciar sua transmissão no YouTube, o padre deletou as fotos com Filipe e outros bolsonaristas de suas redes sociais. José Eduardo está proibido de manter contato com os demais investigados e de deixar o país.

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