Gêmeas siamesas explicam dinâmica para namorar: “É preciso chegar a um acordo”

As gêmeas siamesas Lupita e Carmen Andrade, que moram nos Estados Unidos, compartilharam com o site Today detalhes sobre sua vida e relacionamentos, destacando a dinâmica única que envolve o namoro de Carmen, enquanto sua irmã, Lupita, é assexual.

“Conheci meu namorado, Daniel, em um aplicativo de namoro, em outubro de 2020. Nunca tentei esconder o fato de ser gêmea siamesa, o que significa que recebi muitas mensagens de caras com fetiches. Eu sabia logo de cara que Daniel era diferente dos outros, porque ele não começou com uma pergunta sobre minha condição. Tenho ansiedade social e acabei cancelando encontros de última hora, mas me senti tranquila no caminho”, contou Carmen.

Carmen revelou que está em um relacionamento com Daniel há dois anos e meio e que o casal tem planos de morar junto. Surpreendentemente, o relacionamento entre Daniel e Lupita também é bastante harmonioso, com Carmen destacando que, embora ela fique acordada até tarde, quando Daniel se junta a ela, é fácil para ela adormecer, enquanto ele desfruta de uma conversa com Lupita.

“Às vezes, me sinto mal porque quero passar muito tempo com Daniel. Então, tentamos chegar a acordos. Por exemplo, Lupita escolhe onde vamos jantar ou quais atividades vamos fazer”, acrescentou.

Além disso, Carmen compartilhou que, embora goste de crianças, o casal optou por não ter filhos. “Eu gosto de ser mãe de cachorro”, afirmou. Ela explicou que, devido à endometriose e ao uso de um bloqueador hormonal que impede a menstruação, engravidar não é uma opção viável para elas.

As gêmeas, que compartilham o torso e o sistema reprodutivo, além de uma perna cada, desde o nascimento, enfrentam desafios diários, mas enfatizam que são muito felizes. Essa história única e inspiradora destaca a importância do amor, aceitação e adaptação em todos os tipos de relacionamentos.

“Compartilhamos uma corrente sanguínea, compartilhamos um fígado, compartilhamos muitas estruturas internas”, disse Carmen. “Se fizéssemos uma cirurgia de separação, qualquer uma de nós poderia morrer, nós duas poderíamos morrer ou acabar na UTI, sem nunca mais poder sair”, lembrou Lupita.

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