Rio Grande do Sul: PF vai investigar fake news sobre ações de socorro

Bloqueios de doações, cobrança de notas fiscais e até dinheiro federal para o show da Madonna estão entre as mentiras que envolvem a catástrofe no Rio Grande do Sul e que têm sido disseminadas nas últimas semanas. Muitas dessas fake news foram feitas por parlamentares e influencers, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o coach Pablo Marçal, respectivamente.

O grande número de acusações e declarações inverídicas levou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República a reagir, solicitando que o Ministério da Justiça e Segurança Pública abrisse investigação sobre o assunto. Com isso, a Polícia Federal vai conduzi uma investigação sobre a propagação de notícias falsas relacionadas às operações de socorro durante as enchentes no Rio Grande do Sul, envolvendo os governos federal, estaduais e municipais.

No documento, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, menciona uma lista de influenciadores digitais, perfis em redes sociais e publicações na internet que têm disseminado informações falsas sobre as operações de resgate e os esforços de reconstrução após os danos causados pelas enchentes no estado. Segundo Pimenta, essas “narrativas desinformativas e criminosas” estão exacerbando a crise social enfrentada pela população gaúcha.

“A disseminação de informações falsas pode minar a confiança da população na capacidade de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É imperativo que medidas sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia de nossas instituições diante dessas crises”, afirma o documento.

O Ministério da Justiça informou que a investigação visará apurar possíveis crimes relacionados à disseminação de desinformação e identificar os responsáveis por esses atos.

Em colaboração com a Advocacia-Geral da União (AGU), serão acionados os órgãos competentes para instaurar ações judiciais contra os culpados.

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