PL pagou R$ 239 mil a casal investigado pela PF sobre golpe

O PL, partido do qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é presidente de honra, pagou ao longo do ano passado R$ 239,6 mil reais como salários para o ex-assessor Tércio Arnaud Tomaz e sua mulher, a enfermeira Bianca Diniz Arnaud. Os dois estavam empregados na legenda que, assim como Tércio, está sob investigação da Polícia Federal.

O auxiliar de Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão e teve o celular tomado pela polícia. Ele é apontado como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”, estrutura que supostamente funcionou no Palácio do Planalto durante a gestão Bolsonaro e cujo objetivo era disseminar notícias falsas e atacar adversários do ex-presidente.

Tércio já havia tido um tablet e um notebook apreendidos pela PF durante a segunda fase da operação Vigilância Aproximada, que apura um esquema paralelo a serviço do ex-presidente dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Bianca Arnaud ocupou cargo na Coordenação de Saúde do Planalto durante o governo Bolsonaro, permanecendo no posto até março de 2021, quando foi exonerada. Com a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022, muitos ex-assessores de Bolsonaro foram empregados no PL, a exemplo do próprio casal.

Segundo a prestação de contas do partido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tércio Arnaud recebeu 9 pagamentos no ano passado, embolsando um total de R$ 119,9 mil. Já Bianca foi agraciada por 14 pagamentos em 2023, somando R$ 119,7 mil.

O ex-assessor ficou conhecido entre 2013 e 2014 por manter uma página de Facebook que ficou famosa na época, chamada Bolsonaro Opressor, na qual atacava, por meio de memes, adversários do então deputado federal. A fama do trabalho fez com que ele conhecesse Carlos Bolsonaro (Republicanos), um dos filhos do capitão e com quem Tércio chegou a trabalhar na Câmara de Vereadores do Rio.

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