As religiões não passam de empresas humanas, não são criações divinas

Nós, os agnósticos, somos absolutamente descrentes de todas as religiões. Todas são frutos de líderes habilidosos em seduzir as massas. E são todas cópias adaptadas às suas circunstâncias. Os que conhecem as suas histórias sabem de suas semelhanças: a mãe de Buda era virgem e ascendeu aos céus, como a Virgem Maria, segundo Jules Michelet na sua obra “A Bíblia da Humanidade”. Os paramentos da Igreja Católica são em tudo cópia dos usados pelos rabinos. Uma religião aproveita-se das narrativas das outras, sem cerimônia. Como na China: “nada se cria…tudo se copia”.

As religiões, ainda que se intitulem de criação divina, não passam de empresas humanas. Portanto carregam no seu seio o gérmen da imperfeição. Não existe perfeição nas coisas criadas e administradas pelos homens. Somos seres limitados por natureza.

O tempo joga a favor das religiões. As massas não têm memória. Leem pouco e dão pouco valor à história. Um líder religioso, que cria uma nova seita, em séculos à frente será endeusado como são Buda, Jesus e Maomé. É só questão de tempo.

Igreja Católica: uma das mais ricas do mundo

Em uma visão panorâmica, Moisés fez a primeira grande reforma ao libertar os judeus do paganismo; Cristo fez a segunda ao apresentar-se como filho de Deus; Lutero livrou os católicos da corrupção do Vaticano.

A Igreja Católica, a mais marcada por escândalos em sua longa história, consegue sobreviver apesar de escravista, das guerras de conquistas, da inquisição e da pedofilia. Os seus adeptos relevam como sendo estas falhas humanas, mas não da instituição. Argumento que poderia ser aceito se não fossem crimes praticados de forma institucionalizada. Como justificar séculos de exploração de escravos, milhares de vítimas de padres pedófilos e acumulação de um patrimônio econômico, que a situa entre as mais ricas empresas do mundo?

Nos, os agnósticos, temos a obrigação de alertar os crentes do grande engodo que são as religiões. Elas não passam de empreendimento comercial a atender interesses privados. Beneficiam-se para justificar-se do medo da morte. Elas exploram os fracos que necessitam de um apoio psicológico para suportar as injustiças deste mundo. Napoleão Bonaparte, sobre as religiões, as considerava importantes para dar uma satisfação a um faminto frente um semelhante arrotando por ter comido demais. Para ele as religiões prestavam -se como ideologia de dominação das massas.

Jesus Cristo deveria ser analfabeto

Jesus Cristo deveria ser analfabeto, pois não deixou uma linha escrita. Todas as suas pregações foram reproduzidas por alguns apóstolos. O que permite duvidar da precisão e até da veracidade. Ademais, a Bíblia é considerada como tendo sido obra de algo como 1.500 escritores ao longo do tempo. A começar pelos 10 mandamentos, que Moisés diz ter recebido diretamente de Deus no Monte Sinai.

Os ateus são categóricos — não acreditam em Deus. Nós, os agnósticos, não somos tão definidos. Temos dúvidas na Sua existência, pois não conseguimos provar não existir um Deus. Em não tendo razões para desacreditar, mantemo-nos em dúvida. Não temos fé (negação da racionalidade) que dê sustentação para essa crença. Nem o “crê ou morre” dos fanáticos muçulmanos nos livraria da dúvida da existência de um ser divino, o que explicaria a ordem das coisas deste mundo.

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