O dia que o “serial kisser” atacou em Goiânia

*Carlos César Higa

José Alves de Moura foi uma figura folclórica nos anos 1980 e 1990. Ele furava a segurança e entrava nas áreas reservadas para políticos e famosos dando um beijo nos rostos mais conhecidos do país. Moura ficou conhecido como o “beijoqueiro”. Tudo começou em 1980, quando ele subiu no palco onde Frank Sinatra se apresentava no Maracanã. Sim, o beijoqueiro beijou “A Voz”. A partir daí começava a sua saga de beijar os rostos dos políticos, dos cantores, dos apresentadores de TV.

Eu lembro de vê-lo na televisão. Acho que os editores dos telejornais sempre pegavam alguma matéria do beijoqueiro quando havia algum espaço sobrando na pauta do dia. De Paulo Maluf a Leonel Brizola, de direita e de esquerda. O beijoqueiro não tinha ideologia nos seus selinhos. É claro que os seguranças faziam de tudo para que nenhum intruso entrasse nas áreas reservadas para as personalidades, mas sempre existia uma brecha. Bobeou, o beijoqueiro furava a segurança e estava pronto para agir. O próprio Moura se intitulava “serial kisser”.

O dono dos beijos mais famosos do mundo esteve em Goiânia no ano de 1991. A seleção brasileira veio para cá jogar contra a Tchecoslováquia. E jogo da seleção é a certeza de que políticos e famosos estariam presentes. Lá foi o beijoqueiro para o Estádio Serra Dourada. Mais uma vez ele conseguiu furar o cerco da segurança, entrar na área VIP e sair beijando as personalidades presentes. O beijoqueiro beijou o ex-governador Iris Rezende e o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

No mundo de hoje, faz muita falta essas figuras folclóricas para a gente rir e se divertir. Como esteve em Goiânia, alguém poderia ter colocado a música “Entre tapas e beijos” do Leandro e Leonardo para o beijoqueiro que selou os rostos dos famosos e deu muito trabalho para os seguranças.

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