Carros voadores: Brasil aparece em 3° lugar no ranking de maiores compradores

O Brasil é o terceiro país no mundo que mais realizou encomendas do carro voador, segundo releva um levantamento feito pela empresa de consultoria em negócios aéreos, MundoGeo. Com mais de 750 unidades encomendadas, o país latino fica atrás somente da China e dos Estados Unidos.

Os veículos elétricos de decolagem e pouso vertical, os EVTOLS, estão programados para alçar voo no Brasil em 2026. Especialistas ligados ao MundoGeo reforçam que o mercado deve ficar mais restrito nos primeiros anos, e começar a se tornar mais acessível entre 2028 e 2030.

Atualmente, as companhias ligadas aos EVTOLS estão em fase de licenciamento junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Até o momento, os maiores compradores são as companhias aéreas Gol e Azul. Uma startup da Embraer, a Eve está no topo do ranking de encomendas globais. Até o momento, ao todo, foram encomendadas 2900 aeronaves.

Os projetos atuais mostram que os carros voadores possuem espaço para um piloto e quatro passageiros, assim como os carros de passeio mais populares. Os veículos possuem previsão de autonomia de 100km.   

Possibilidades

 José Carlos Mas, o CEO da Vertical Connect, empresa nacional de carros voadores, conta que existem protótipos de ônibus voadores em teste na China, entretanto, o uso desse veículo para transporte público no Brasil é uma realidade distante.

Como essa modalidade de transporte demanda adaptações nas cidades, grande parte dos heliportos de hoje não são capazes de receber esse tipo de veículo. Ao longo prazo, a ideia é possível, mas, para o presente, “não dá para usar todos os helipontos. São Paulo tem milhões de helipontos, mas dependendo do lugar, não dá”, garantiu.  

Um uso mais iminente para a tecnologia é no agronegócio. A Vertical Connect já registrou 16 intenções de compra para o Genesis Agro, modelo de carro voador não tripulado pensado para a pulverização de produtos agrícolas. Esse Evtol possui capacidade para armazenar até 400 litros de produtos, e um preço estimado em R$ 1 milhão. Por não ser tripulado, a expectativa é de que o licenciamento da ANAC seja concedido até julho deste ano.

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