Cineclube Irani apresenta filmes de diretores revelados nas universidades brasileiras

O Cineclube Irani Ciclo III chega a sua 3ª edição, apresentando 10 sessões de cinema com o tema “O Cinema Brasileiro da Universidade ao Longa-Metragem”, e acontecerá nas cidades de Balneário Camboriú, Joaçaba, onde se estabeleceu nos dois primeiros ciclos e expande sua realização também para o município de Jaraguá do Sul, com sessões que acontecem simultaneamente nos três municípios.

As sessões estão programadas para os dias 29/05, 19/06, 10 e 31/07, 21/08, 11/09, 02 e 23/10, 13/11 e 04/12, sempre às quartas-feiras, a partir das 19h30.

O cineasta André Gevaerd, da ArthouseBC, um dos idealizadores do CineClube Irani, explicou que este 

ciclo se dedica a apresentar filmes de cineastas que se formaram em faculdades de cinema no Brasil, onde já realizavam seus curtas universitários, e hoje realizam projetos longas-metragens para o grande público. 

“Cada sessão será dedicada a uma diretora ou diretor, exibindo, na maioria das sessões, um curta universitário e um longa profissional do mesmo cineasta. Para tanto serão apresentados filmes de cineastas consolidados e iniciantes com destaque como Beto Brant, Anna Muylaert, Gabriel Martins, Adirley Queiroz, Marcos Yoshi, Anita Rocha da Silveira, entre muitos outros”, disse.

Primeira sessão, dia 29 de maio

A primeira sessão exibirá os filmes “Os Matadores” e “Dov’è Meneghetti?” do diretor Beto Brant, ambos filmes que consolidaram a promessa de um diretor que segue lançando filmes incríveis a cada novo roteiro. 

As sessões são gratuitas e presenciais, e apresentam um vídeo introdutório feito por críticos e pesquisadores de cinema antes de cada sessão, onde o cineclubista receberá links com material de pesquisa e brindes.

O projeto foi premiado pelo Prêmio Catarinense de Cinema pela Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina, Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura.

Mais sobre os filmes da primeira sessão

29/05 – Sessão 01 – Beto Brant (FAAP – SP)

Reprodução
  • Os Matadores (1997, 90′) e Dov’è Meneghetti? (1989, 11′)

“Os Matadores”, de Beto Brant (Policial – 90 min – +12 anos – Brasil – 1997)

Sinopse: Em um bar na divisa entre o Brasil e o Paraguai, os matadores Toninho (Murilo Benício) e Alfredão (Wolney de Assis) aguardam a chegada de um pistoleiro. Eles foram contratados para matá-lo. Enquanto o alvo não chega, eles conversam sobre a morte de Múcio (Chico Diaz), o pistoleiro mais competente da região.

Reprodução

Curiosidade, Prêmios e Festival: Estreia de Beto Brant como diretor de longa-metragem. Ganhou 4 Kikitos de Ouro no Festival de Gramado, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Fotografia e Melhor Edição. – Ganhou 2 Lentes de Cristal no Festival de Cinema Brasileiro de Miami, nas categorias de Melhor Diretor e Melhor Ator (Chico Diaz). – Ganhou o Troféu Passista de Melhor Ator (Chico Diaz), no Festival de Recife. – Ganhou o Troféu APCA de Melhor Ator (Wolney de Assis), concedido pela Associação de Críticos de Arte de São Paulo.

Trailer:

Direção: Beto Brant / Roteiro: Marçal Aquino, Beto Brant / Elenco: Chico Diaz, Murilo Benício, Wolney de Assis  / Produção: Alberto Fasulo, Nadia Travisan / Compositor: André Abujamra / Assistente de produção: Renato Ciasca / Diretor de fotografia: Marcelo Durst / Montador: Willem Dias / Diretor de Arte: Tulé Peak


”Dov´è Meneghetti?”, de Beto Brant (Ficção – 12 min – 14 Anos – Brasil – 1989)

Sinopse: O mais famoso personagem da crônica policial paulistana na década de 1920, Gino Amleto Meneghetti, se notabilizou pela agilidade com que saltava os telhados durante as fugas, pelo conhecimento de joalheria e principalmente, pela irreverência com que tratava a polícia paulistana.

Curiosidade, Prêmios e Festival: Melhor Ator no Festival de Gramado em 1989. Melhor Diretor no Festival do Rio em 1989. Melhor Filme no Olhar de Cinema Festival Internacional de Curitiba em 1990. Melhor Filme – Crítica no Festival do Rio em 1989. Melhor Filme – Júri Popular no Festival do Rio em 1989. Melhor Fotografia no Festival do Rio em 1989. Melhor Trilha Sonora no Festival do Rio em 1989.

Produção: Boby Costa / Fotografia: Marcelo Durst / Roteiro: Beto Brant / Edição de som: Roberto Ferraz / Figurino: Diana Barradas / Montagem: Galileu Garcia Jr. / Elenco: Eliana Fonseca, Rosi Campos, Ligia Cortez, Luiz Ramalho, Toni Lopes, Mário César Ribeiro


Próximas sessões  

19/06 – Sessão 02 – Marcos Yoshi (ECA/USP – SP)

  • Bem-vindos de Novo (2021, 105′) e Quando o Céu Desce ao Chão (2012, 16′)

10/07 – Sessão 03 – Adirley Queirós (UNB / DF)

  • Mato Seco em Chamas (2022, 153′ – co-direção com Joana Pimenta) e Rap, o Canto da Ceilândia (2005, 15′)

31/07 – Sessão 04 – Matheus Souza (PUC-RJ – RJ)

  • Apenas o Fim (2008, 80′)

21/08 – Sessão 05 – Gabriel Martins (UNA – MG)

  • Marte Um (2022, 115′) e Filme de Sábado (2009, 18′)

11/09 – Sessão 06 – Anita Rocha da Silveira (PUC-RJ / RJ)

  • Medusa (2023, 132′) e O Vampiro do Meio-Dia (2008, 20′)

02/10 – Sessão 07 – Bruno Costa (UNESPAR – PR)

  • Mirador (2021, 94′) e Os Dias Cinzas (2008, 19′)

23/10 – Sessão 08 – Allan Deberton (UFF-RJ – CE)

  • Pacarrete (2019, 97′) e Doce de Coco (2010, 20′)

13/11 – Sessão 09 – Marcio Reolon e Filipe Matzembacher (PUCRS – RS)

  • Tinta Bruta (2018, 117′) e Um Diálogo de Ballet (2012, 8′)

04/12 – Sessão 10 – Anna Muylaert (ECA/USP – SP)

  • É Proibido Fumar (2009, 89’) e A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (1995, 16′)

Locais de exibição

ArthouseBC –  Balneário Camboriú – Rua São Paulo 581-1 – Estados

É uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento de uma indústria cultural e criativa, localizada em Balneário Camboriú, que apresenta programação diversificada o ano inteiro. www.arthousebc.com

Casa da Cultura Rogério Sganzerla – Joaçaba – Rua Sete de Setembro, 222, Centro

É um espaço público municipal dedicado à produção e fruição cultural, localizado em Joaçaba, tornando-se um centro de atividades culturais que enriquecem a vida da comunidade e além. https://joacaba.sc.gov.br/estrutura/comunicacao/culturajoacaba/casa-da-cultura-rogerio-sganzerla/

Centro de Artes Integradas-CAI/Dançar A2 – 

Realiza atividades que desenvolvem a Educação, Saúde e Cultura através de projetos e de parcerias importantes do município de Jaraguá do Sul e região.. https://www.dancajaraguadosul.com.br/

Cineclube Irani

O nome do cineclube homenageia o curta-metragem “Irani” de 1983, dirigido pelo catarinense Rogério Sganzerla, um documentário que registra a festa popular relacionada a Guerra do Contestado, que acontece na homônima cidade catarinense. “Irani” é um dos poucos filmes que Sganzerla, um dos mais importantes e relevantes cineastas brasileiros, fez em seu estado natal.

A primeira edição aconteceu no ano de 2021 na cidade de Balneário Camboriú, na casa artístico-cultural Arthousebc, com o primeiro ciclo intitulado “Cinema Brasileiro: Ontem e Hoje”, onde foram exibidos filmes nacionais em um diálogo entre o cinema brasileiro feito no início da segunda metade do século passado com o cinema brasileiro do final da década passada (2015-2019). 

No seu segundo ciclo, realizado em 2023, o Cineclube Irani se expandiu geograficamente, acontecendo simultaneamente em duas cidades: em Balneário Camboriú, na Arthousebc; e também em Joaçaba, no Teatro Alfredo Sigwalt. O segundo ciclo foi intitulado “Cinema Brasileiro: Anos 80 e 90”, e exibiu filmes brasileiros importantes e relevantes do período entre os anos 1980 e 1999, época em que o cinema brasileiro, em um turbulento período político, apresentou produção audiovisual bastante diversificada.

O Cineclube Irani é uma criação e realização que conta com a participação de cineastas, produtores e colaboradores como Anderson Simão, André Gevaerd, André Gatti, Brianne Lee, Caio Mancini, Christopher Faust, Filipe Maliska, Natan Tomaz, Nando Spessatto, Laila Gebhard, Wellington Sari, Santiago Asef, Raquel Pitz e mais recentemente Elton Krug, Omar Forte, Marli Forte, Bruno Reiser e Vitor Vaz Liede, cada qual contribuindo para um contínuo crescimento da atividade cineclubista e exibição do cinema brasileiro para novos e velhos cinéfilos.

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