Pré-candidato a vereador, Jaime Aldeia diz que Goiânia aposta em Mabel porque é gestor

Jaime Aldeia, de 64 anos, médico formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG, foi professor no Hospital Geral de Goiânia (HGG). No país que tem uma das melhores medicinas do mundo, inclusive em termos de atendimento a todos os cidadãos, o Canadá, na cidade de Toronto, ele fez estágio.

Há oito anos, Jaime Aldeia — “filho” de uma época em que se discutia política de maneira republicana — decidiu disputar mandato de vereador. Sem dinheiro, ou seja, sem estrutura de campanha, obteve 1500 votos. A votação tem a ver com seu prestígio na sociedade goianiense (e goiana).

Agora, filiado ao União Brasil, Jaime Aldeia está de volta ao jogo político — mais amadurecido e articulado. Ele conta, por exemplo, com o apoio de vários grupos médicos — como o dos anestesistas. “Um dos meus incentivadores é o Marcos Roberto, dirigente do União Brasil.”

Por que Jaime Aldeia, bem-sucedido na medicina, com centenas de pacientes, quer ser candidato a vereador em Goiânia?

“Há vários motivos. Primeiro, percebo que falta representatividade da medicina no Legislativo. Segundo, precisamos de uma Câmara mais proativa. Goiânia está um verdadeiro caos, com lixo espalhado pelas ruas, corredores de ônibus inconclusos e trânsito cada vez mais congestionado. Observo que os goianienses não estão felizes com sua gestão pública e os vereadores precisam ser antenas para captar tal insatisfação. É preciso responder ao clamor público. Vereador não é para ficar aplaudindo prefeito — é votado e remunerado para fiscalizar os atos da prefeitura e apresentar projetos que beneficiem a sociedade”, afirma Jaime Aldeia.

Sandro Mabel e Ronaldo Caiado: interlocutores de Jaime Aldeia | Foto: Divulgação

De acordo com Jaime Aldeia, Goiânia hoje está na vanguarda do atraso, por falta de visão administrativa. Mas não se deve culpar apenas o prefeito, pois os vereadores também têm responsabilidade. “O lema de minha campanha será ‘Goiânia do Futuro’. O que quero? Quero que o futuro chegue mais cedo, que se torne presente para os cidadãos goianienses e seus frutos beneficiem a todos.”

Recentemente, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, havia um grupo de turistas europeus. Eles informaram que, ao visitar Brasília, ouviram que, em Goiânia, havia uma das últimas obras do arquiteto Oscar Niemeyer. O grupo alugou um automóvel e visitou Goiânia. Apreciaram o que viram, e não apenas o Centro Cultural. Elogiaram a beleza verde da cidade.

Jaime Aldeia afirma que Goiânia precisa ser mais bem explorada na questão turística. “Por que Goiânia tem tantos hotéis, vários deles de boa qualidade? Porque, sem que se diga oficialmente, é uma cidade turística. Há o turismo de negócio, pois há a questão das roupas e, também, a força dos serviços e do agronegócio. Há restaurantes de qualidade. A medicina é de alta qualidade. Mas a cidade, apesar do desgaste recente, é bonita, com a fusão da arquitetura art déco do Centro com a arquitetura moderna de vários bairros, além de seus condomínios horizontais que, por vezes, são melhores — por conter mais verde — do que o de vários Estados.”

“Goiânia tem escritores de alto nível, como Hugo de Carvalho Ramos, José J. Veiga, Bernardo Élis, Miguel Jorge, Darcy Denófio, Yêda Schmaltz, Lêda Selma, Gilberto Mendonça Teles, Sônia Marise, Maria Helena Chein, Edival Lourenço, Heleno Godoy, Gabriel Nascente, Ademir Luiz. Há excelentes cantores, compositores e músicos como Pádua, Valter Mustafé, Fernando Perillo, Marcelo Barra, Belkiss Spenziere (grande pianista), Gyovana Carneiro, Leonardo, Leandro, Zezé Di Camargo, entre muitos outros. Cadê o busto de Bernardo Élis e Belkiss Spenzieri numa praça pública de Goiânia? Por que não homenagear os criadores culturais? Não tenho preconceito em relação à música sertaneja. Portanto, poderíamos criar um festival global de música em Goiânia — com música popular, sertaneja, erudita e jazz. Se quiser, um vereador bem-intencionado pode fazer muito pela cultura”, assinala Jaime Aldeia.

A respeito da mobilidade urbana, Jaime Aldeia diz que, como Goiânia é uma cidade plana, “não se precisa de muito dinheiro para melhorar a mobilidade urbana. Os semáforos são importantes? São. Mas não basta colocar semáforo e multar as pessoas. É preciso criar campanhas educativas sólidas e, ao mesmo tempo, instalar semáforos inteligentes”.

Jaime Aldeia diz que percebeu que algumas empresas do setor moveleiro transferiram seus negócios para Senador Canedo. “Motivo: incentivo da prefeitura da cidade vizinha. A Prefeitura de Goiânia deveria voltar a incentivar o setor moveleiro, pois parte ainda permanece instalada em Goiânia, no Jardim Guanabara. Por que a Câmara Municipal, apoiada pela prefeitura, não incentiva a criação de uma feira de móveis na capital? Há móveis de qualidade feitos na capital. Apresentei a ideia para o pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo União Brasil, Sandro Mabel, e ele gostou da ideia.”

Jaime Aldeia aposta que Sandro Mabel vai ser eleito prefeito de Goiânia. “Primeiro, pela multidão de apoios — terá à disposição um verdadeiro exército eleitoral. Segundo, porque é um empresário e político moderno. Terceiro, porque é gestor. Goiânia precisa, urgente, de um gestor.”

Uma curiosidade sobre Jaime Aldeia: foi campeão brasileiro, infanto-juvenil, pelo time do Jaó e pela Seleção Goiana de Basquete. (E.F.B.)

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