Professores da UEG decidem não entrar em greve, mas estipulam prazos para negociação

*Colaborou Pedro Moura

A Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Goiás (Adueg) decidiu em assembleia nesta sexta-feira, 16, não entrar em greve e o início do semestre letivo de 2024, programado para a próxima segunda, 19, segue programado normalmente.

Entre as reivindicações, segundo a Adueg, está o diálogo com o governo para alteração no Plano de Carreiras dos docentes da UEG.

De acordo com o presidente Marcelo Moreira, em contato com o Jornal Opção, cerca de 200 professores optaram por iniciar o semestre para ter a oportunidade de expor aos calouros e veteranos seus argumentos.

Segundo ele, a Adueg deu prazo ao governo até a próxima terça-feira, 20, para negociar com a categoria. Caso não ocorra nenhum avanço nesse sentido, os professores vão realizar uma paralisação no dia seguinte, na quarta, 21.

Em seguida, outra assembleia deve ser realizada na quinta-feira, 22, para os docentes decidirem se a paralisação segue por tempo indeterminado, ou se retornam às atividades.

A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) sobre a questão, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O Opção ainda entrou em contato com o reitor da UEG, Antônio Cruvinel, mas as ligações não foram atendidas. O espaço segue aberto.

Possibilidade de greve

A Adueg convocou a categoria para assembleia nesta sexta-feira, 16, às 14h, de forma on-line, para decidir sobre a paralisação. A UEG possui cerca de 12 mil estudantes matriculados, que podem ter as aulas prejudicadas com a greve.

No dia 18 de dezembro de 2023, os docentes da UEG aprovaram indicativo de greve caso o governo não atendesse as reivindicações da categoria, que foi encaminhada pela presidência da Adueg à Reitoria no último dia 29 de janeiro.

De acordo com a Adueg, 282 docentes da UEG aguardam, desde 2018, o reconhecimento de sua titulação e, consequente, progressão na carreira, apenas na promoção para doutores.

A entidade defende que é necessária a alteração da Lei do Plano de Carreira das/dos docentes da UEG, com a extinção do quadro de vagas, a fim de viabilizar as promoções dos docentes (entre classes). Ainda segundo a Adueg, este quadro limitou o número de professores que podem receber por seu Doutorado e demais títulos. 

Outra reivindicação dos professores é referente à proposta de alteração do Plano de Carreira dos Docentes da UEG. A categoria, conforme a Adueg, chegou a se reunir com o secretário-geral de Governo sobre a questão, mas ainda não teve retorno.

Agora, a associação diz que tenta acessar a íntegra de uma proposta de alteração do Plano elaborada por integrantes da própria universidade e da Secretaria de Administração, a Sead.

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