A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) suspeitava que era espionada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ela até contou isso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022, segundo a coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles. O monitoramento teria ocorrido durante a campanha eleitoral de 2022.
Segundo Rousseff, um dos indícios a respeito da espionagem apareceram durante um jantar em Brasília com amigos. O evento ocorreu antes da ex-presidente ir para a posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Momento em que relatou ao atual governante sobre as suas suspeitas.
Durante o jantar, a equipe de segurança dela foi informado que outros “seguranças do GSI (Gabinete de Segurança Institucional)” haviam passado por lá antes. Durante o jantar, Rouseff também estranhou a movimentação de outros clientes em uma mesa próxima.
Segundo a equipe de segurança de Rousseff, o jantar havia sido marcado por telefone horas antes no mesmo dia, sem envolvimento do GSI. Por isso, houve um estranhamento com a situação no restaurante.
Com a revelação de que o ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, havia pedido para a Abin realizar monitoramento nas campanhas de presidenciáveis, a história ganhou força. Em uma reuniões, ele revelou o plano para o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Conversei ontem o Victor (Carneiro), novo diretor da Abin. Vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é se vazar qualquer coisa aí… Muita gente se conhece nesse meio. E, se houver qualquer acusação e infiltração desses elementos da Abin em qualquer dos lado…”, disse Heleno, antes de ser interrompido por Bolsonaro em uma reunião no dia 5 de julho de 2022.
Com investigação da Polícia Federal (PF) sobre o caso, a expectativa é de que o general da reserva seja ouvido sobre o caso. Entretanto, o depoimento marcado na última semana foi adiado.
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