Uma rede de pedofilia foi alvo de uma operação da Polícia Civil (PC) nesta terça-feira, 20, por produzir e comercializar arquivos com conteúdo de exploração sexual infantil em Goiás. Um dos investigados, de 32 anos, era responsável por dar “amostra” do material ilícito, que variava entre R$ 30 e R$ 100.
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Em prints divulgados pela corporação, ele chega a dizer que “tem de tudo”, como “mãe e filha, estupro” e de “10 para cima e para baixo”, se referindo a idade das crianças violentadas no material (veja abaixo). Os mandados foram cumpridos por 70 policiais em Goiânia e em outros 10 municípios. Ao todo, foram 15 ordens judiciais de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Alvo da prisão, realizada na capital, o vendedor atuava como técnico de celulares.
Um empresário de Mara Rosa, de 31 anos, e um homem desempregado de Senador Canedo, de 35 anos, também foram detidos em flagrante por armazenar pornografia infantil.
Venda em grupos
A polícia detalhou que o técnico criava dezenas de grupos para venda de conteúdos com exploração sexual. Ele enviava convite e “amostra de gravação” dos materiais para, posteriormente, comercializá-los. Em conversas com “clientes”, o criminoso dizia ter mais de 5 mil vídeos com imagens de abuso de menores. Os detidos foram levados para a carceragem e passarão por audiência de custódia. Caso condenados, os investigados podem pegar ao menos 12 anos de prisão.
Armazenar e divulgar pornografia infantil são crimes autônomos e penas podem ser somadas
As condutas de armazenar e de divulgar material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, tipificadas de maneira separada pela lei, configuram crimes autônomos cujas penas devem ser somadas, quando existentes em relação ao mesmo caso. Com essa conclusão, a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça rejeitou no final do ano passado a ideia de que a primeira conduta possa ser considerada uma fase normal ou meio de execução para a segunda, uma posição que reduziria o rigor imposto aos condenados por esse crime.
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