Mural artístico em viaduto de Balneário Camboriú foi danificado três vezes neste mês

O mural que está sendo produzido por artistas do movimento Open Street Gallery, no viaduto da Avenida do Estado que dá acesso a Balneário Camboriú foi danificado três vezes neste mês de fevereiro. Os artistas e a Fundação Cultural registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil, na terça-feira (20), como dano contra o patrimônio público, e o caso será investigado.

O último episódio foi na segunda-feira (19), quando jogaram garrafas de vidro com tinta contra a obra e, além de depredá-la, colocaram em risco a segurança de motoristas e pedestres.

Tinta jogada no mural.

A direção do movimento Open Street Gallery, que também é responsável pelo Museu a Céu Aberto de Balneário Camboriú, emitiu nota destacando que vê a depredação como ‘uma tentativa de silenciar a arte e negar o direito da população à beleza e difusão cultural’.

“A obra em questão busca justamente transformar um local frio e acinzentado em um espaço vibrante e acolhedor, oferecendo um ambiente inspirador e que cabe à interpretação dos milhares de estudantes, trabalhadores, moradores e visitantes que ali circulam diariamente. A arte em espaço público é fundamental para a construção de cidades mais gentis e próximas das pessoas. Ela contribui para a diminuição da sensação de insegurança, promove a integração social e o senso de pertencimento, além de estimular a criatividade e a reflexão. O ato ocorrido com a obra é um reflexo da visão antiquada, imatura e egoísta de que os espaços públicos e abertos não pertencem a ninguém e, por isso, não precisam ser cuidados”, destaca a nota.

A pintura do viaduto retrata a saíra-bico-fino (ave-símbolo da cidade) e foi contratada pela Fundação Cultural, por meio do Edital nº 009/2023, que credencia prestadores de serviços artísticos culturais perante o município.

Por quase 20 anos, o viaduto esteve decorado com escotilhas feitas pelo artista Rodrigo Hulsmann.

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